Seu modelo de negócio é uma peça de museu?

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 10 de agosto de 2017 às 18:41
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:18
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Nos últimos anos, as transformações nas tecnologias informacionais e de comunicação vêm transformando todas as relações que temos com nossos empregos. A forma como interagimos com os funcionários, como medimos a eficácia dos processos e como mensuramos os resultados obtidos já podem ser feitas de maneira digital sem grandes esforços através de plataformas online e conectadas em rede.

O resultado dessas mudanças tem se mostrado através da transição para uma postura mais colaborativa e que preza pela confiança no trabalhador. Algo muito diferente da postura paternalista observada nos modelos de negócio mais antigos, que prezava pelo controle de todos os processos realizados pelos funcionários e que não possibilitava a inovação e o crescimento individual.

Os novos modelos de negócio têm optado, claramente, por investirem na otimização de processos. O que isso significa? Que o importante não é mais ter um trabalhador preso a uma cadeira por 8 horas seguidas, mas sim a qualidade das horas trabalhadas, ou seja, o foco passa a estar na eficiência desse trabalho. Seja se foram trabalhadas 8 horas, seja se foram 5. E a jornada de trabalho flexível é apenas o exemplo mais gritante dessa mudança de perspectiva nas relações trabalhistas do século XXI.

Isso já pode ser observado em grandes empresas, a maioria ligada aos rápidos avanços tecnológicos, mas já podemos ver essa transformação surgir em companhias consolidadas como a PwC. Sem dúvidas, empresas como Google, Facebook e Netflix estão liderando essas mudanças, o que demonstra o peso e a eficácia que elas possuem.

A lógica tanto no trabalho como no consumo de bens e serviços está se invertendo, agora vemos que quem decide é o indivíduo. No século XXI, é você quem decide onde, quando e por quanto tempo quer assistir determinado programa de TV, ouvir a sua música favorita, ou falar com quem gosta.

Em grandes capitais os espaços de co-working se multiplicam rapidamente, a adesão ao home-office cresce em nível exponencial, a maior flexibilidade nos horários já é uma realidade em muitas empresas. E engana-se quem pensa que isso só é possível em grandes empresas. Pequenos e médios empreendimentos também já têm atuado dentro dessa nova mentalidade.

A ideia aqui é otimizar e reorganizar o modo como se trabalha, para que cada pessoa seja capaz de colocar o seu melhor em todos os processos que ela está inserida. Flexibilizar é, também, dar mais responsabilidade aos indivíduos e permitir que eles trabalhem no próprio tempo, sem atropelos ou procrastinação.

Quais são os resultados? Funcionários menos cansados de uma rotina muitas vezes cheia de repetições, mais focados nas próprias tarefas e mais interessados naquilo que estão fazendo. Além de uma diminuição na rotatividade de funcionários, nas faltas por questões pessoais, e nos gastos com recrutamento e treinamento.

Tudo isso contribui para o alcance de resultados melhores, para a otimização de processos e para uma maior rentabilidade do próprio negócio. Esses são os negócios do presente e quem ainda não atua sim, precisa apertar o passo, senão, ficará para trás.

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*Esta coluna é semanal e atualizada às sextas-feiras.


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