Sete setores apresentam alta no número de empregos, segundo Caged

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 22 de setembro de 2018 às 11:06
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:02
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Construção civil, serviços e comércio tiveram saldo positivo no número de admissões

Apenas a Agricultura apresentou mais
demissões do que contratações em agosto no resultado do Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados (Caged), divulgado na sexta-feira, 21 de setembro,
pelo Ministério do Trabalho. Os demais setores da atividade econômica, como
indústria, serviços, construção civil e comércio, registraram saldo positivo no
número de admissões, em comparação com o de desligamentos.

A expansão do nível de emprego no
setor foi de 66 mil postos de trabalho, mais da metade das 110.431 novas vagas
criadas no mês passado. Os sete setores com resultado positivo foram: extrativa
mineral, indústria de transformação, serviços industriais de utilidade pública,
construção civil, comércio, serviços e administração pública.

Os principais subsetores que tiveram
saldo positivo foram o de ensino, serviços médicos e odontológicos, alojamento
e alimentação, administração de imóveis, transportes e comunicações.
Proporcionalmente, a maior alta foi na construção. Com 11 mil novos empregos
formais, o setor cresceu 0,57% em comparação com julho, apresentando bons
resultados em obras de edifícios e instalações industriais especialmente em São
Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Já o setor de comércio foi
impulsionado tanto pelas vendas no mercado varejista quanto no atacadista. A
indústria de transformação registrou alta de emprego nos ramos alimentício, de
bebida, químico, mecânico, madeireiro, dentre outros. Por outro lado, foram
apresentadas quedas no número de admissões da indústria de borracha e fumo, na
de vestuário e têxtil.

Divisão
regional

Segundo o Ministério do Trabalho, 22
unidades da Federação tiveram saldo positivo de vagas em agosto. Os cinco
estados com desempenho negativo foram Acre, Sergipe, Rio Grande do Sul,
Espírito Santo e Maranhão. A primeira colocada foi a Paraíba, com a abertura de
mais de 7 mil empregos, crescimento de 1,85% em relação ao mês anterior. Em
seguida vêm, proporcionalmente, os estados de Alagoas, Rio Grande do Norte,
Pernambuco, Pará e Amapá. Com os dados, a região do Nordeste apresentou um
crescimento percentual superior às demais regiões.

Reforma
trabalhista

Com as alterações na Consolidação das
Leis de Trabalho, que foram aprovadas pelo Congresso Nacional e entraram em
vigor no mês de novembro do ano passado, o Brasil registrou a demissão de 15
mil trabalhadores por meio de acordo consensual entre empregador e empregado.
Com as mudanças, as empresas são obrigadas a pagar metade do aviso prévio e
metade da multa de 40% do saldo do FGTS, sem que o funcionário tenha direito ao
seguro-desemprego.

Os principais desligamentos mediante
acordo ocorreram nos setores de serviços, comércio e indústria. Já na
modalidade de trabalho intermitente e o trabalho em regime parcial, que também
foram oficializadas com a reforma, o saldo foi positivo. De acordo com o Caged,
o mês de agosto fechou com cerca de 4 mil e 3 mil novos empregos nas duas
áreas, respectivamente.


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