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Prefeito coloca servidores contra a Câmara em projeto que pode protelar pagamento de ações judiciais
Os servidores públicos municipais de Franca estão se mobilizando pelas redes sociais para pressionar e convencer os vereadores a votarem contrários ao projeto de lei do prefeito Gilson de Souza (DEM) que pode protelar o pagamento de ações judiciais contra a Prefeitura.
O projeto já havia sido apresentado na Câmara, mas foi adiado em razão de uma assembleia realizada na semana passada para que os servidores manifestassem sua opinião sobre o tema. Os mais de cem presentes foram categóricos em dizer “não” à proposta.
Muitos vereadores da base governista queriam justamente aguardar o aval dos servidores para votar o projeto, pois havia uma negociação entre o prefeito e o sindicato da categoria, que não evoluiu. Agora, sem esse respaldo, a rejeição do projeto ganha força entre os vereadores.
Gilson já tem pressionado os vereadores e até os servidores, dizendo que não tem dinheiro para pagar as ações ja julgadas e em tramitação. Sua equipe alega que restam R$ 25 milhões a serem pagos em ações e que outras áreas serão prejudicadas. Para o sindicato, o problema é gestão e não os valores das ações.
Se os vereadores aprovarem, serão solidários ao prefeito mas se “queimarão” com uma categoria de quase cinco mil trabalhadores – com significativo peso eleitoral -, muitos formadores de opinião.
Se de fato os vereadores não fecharem com Gilson, o município terá que pagar à vista aos servidores todas as ações com valor menor que 30 salários mínimos – em torno de 28 mil reais. A intenção de Gilson era baixar este piso para sete salários, ou R$ 6,6 mil, e ganhar pelo menos mais dois anos para pagar as ações.