Segundo dados da OMS, 300 milhões de pessoas no mundo sofrem de asma

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  • Publicado em 21 de junho de 2017 às 21:25
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:14
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Asma pode atingir pessoas de qualquer idade, mas geralmente surge nos anos iniciais da infância

​A doença crônica, também conhecida como bronquite asmática, é uma inflamação nas vias aéreas (brônquios) que conduzem o ar para os pulmões. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 300 milhões de pessoas sofrem da doença no mundo todo.

A asma pode atingir pessoas de qualquer idade, mas geralmente é identificada nos anos iniciais da infância, principalmente quando a causa é genética. Os principais sintomas que pedem uma consulta ao médico, de preferência um pneumologista, são falta de ar, chiado no peito e tosse. O diagnóstico é confirmado após exames como o de sopro espirometria.

Nem sempre a causa da asma é a genética. Atentar-se para o dia a dia pode ajudar a identificar a doença. Alguns fatores desencadeiam a doença, dentre os mais comuns estão contato constante com substâncias alérgicas, ácaros, poeria, mofo, tinta, produtos de limpeza, fumaça, inclusive de cigarro, além da variação climática.

Medidas cotidianas que ajudam no tratamento
Apesar de não ter cura, existem tratamento eficazes que garantem um convívio confortável com a doença. De acordo com o médico pneumologista, Sérgio Pontes, da Aliança Instituto de Oncologia, inicialmente aplicar medidas no comportamento é o primeiro passo para prevenir as crises. “Manter a higiene ambiental, o local sempre livre de fatores desencadeantes, evitar tapetes, cortinas, passar pano úmido, boa alimentação, atividades físicas regulares, consumo de água, dormir bem”

Tratamento farmacológico
Mas e quando essas medidas não são suficientes? “O tratamento farmacológico entra em ação. Bombinhas de ar, que são os broncodilatores, corticoide em lata, são substâncias que abrem os pulmões e propicia que paciente respire melhor”, afirma Sérgio. Existem medicações de manutenção em que o paciente usa regularmente para evitar crises, e as medicações de resgate, inalações, nebulizações usadas em situações de emergências ou quando tem um desconforto maior.

Atividades físicas
Antigamente, era comum o paciente com diagnóstico de asma ser dispensado de atividades físicas no colégio, por exemplo. Há alguns anos isso caiu por terra. “As atividades físicas são altamente indicadas e ajudam a melhorar a qualidade de vida de um asmático. Não existe nenhuma restrição ou indicação, a atividade precisa ser prazerosa para que ele não deixe de realizar por qualquer impedimento”, ressalta o médico, que tem a natação como uma das atividades mais completas por controlar a respiração, mas faz um alerta “só é preciso tomar cuidado com piscinas ricas em cloro, podem desencadear crises de asma em pessoas alérgicas, porém existem as piscinas dessalinizadas que são amplamente seguras para atenderem esses pacientes”.

Crises respiratórias no inverno
Com a chegada do inverno é comum as crises aumentarem, isso se deve a vários fatores, as pessoas ficam mais enclausuradas em ambientes fechados, com pouca ventilação que tendem a acumular mais ácaros, as baixas temperaturas ou mudanças bruscas de temperatura. Para isso o especialista indica: “No inverno, além de todos os cuidados com os fatores desencadeantes, é importante manter a o ambiente bem ventilado, com pouco mofo. Tentar manter o ambiente mais arejado e ventilado”.