Segunda avaliação do Enem: interpretação de textos marca avaliação de exatas

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 12 de novembro de 2018 às 17:32
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:09
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Segundo dia de avaliação traz poucas mudanças e dificuldade de nível médio neste domingo

No último domingo, 11, quase 4 milhões de brasileiros realizaram as provas de Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Matemática e suas Tecnologias no segundo dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). 

No geral, os professores afirmaram que a dificuldade da prova estava mediana, bem equilibrada entre questões mais fáceis ou mais difíceis. Em Biologia, o professor Ivan Luiz dos Santos disse que a prova seguiu o padrão dos anos anteriores e trouxe muitos assuntos atuais, como o uso da biotecnologia, DNA e genética. “O aluno mais versátil, que estava bem preparado em todas as áreas, se deu melhor, pois muitas questões exigiam conhecimento de mais de uma matéria e conhecimento prévio de biologia, inclusive pedindo bastante interpretação de texto”, expôs.

Danilo Capelari, professor de Física, comentou que a prova teve bastante consistência e foi mais “conteudista” que os anos anteriores, apresentando, em sua maioria, questões sobre mecânica e eletricidade. Sobre perguntas que pudessem gerar confusões nas alternatvas, o professor contou que essa é uma característica sempre presente no exame.

“O Enem trabalha com a ideia de distratores, então as alternativas vão se diferenciar, às vezes, por um detalhe. Não diria que é uma pegadinha, mas, para distrair a atenção do aluno, o item é pensado dessa forma. Então, o aluno teve que tomar muito cuidado na leitura e estar muito atento às alternativas”, explicou.

Em matemática, houve uma predominância de questões de proporção, relacionadas à porcentagem. O professor de matemática, Julio Cesar da Silva Schwingel, relatou que a prova, como sempre, foi bem extensa e cansativa: “se fosse para fazer todos os cálculos de todas as questões, ia ter que lutar contra o relógio, sem perder muito tempo em questões específicas”.

Já o professor Flávio Tajima Barbosa, de Química, ressaltou que um acontecimento inédito foi uma questão que demandava pura interpretação de texto, sem que o aluno precisasse realizar qualquer tipo de cálculo. “No geral, houve predominância de questões mais de nível médio para difícil, com uma quantidade relevante de questões que podem ser interpretadas de maneiras diferentes, podendo trazer confusão na escolha da alternativa correta”, afirmou.

Todos os professores lembraram que os conteúdos cobrados na prova deste ano estavam todos presentes nos materiais de preparação do Positivo, inclusive com questões praticamente idênticas, como o caso da questão 105 do caderno rosa, sobre a corrente elétrica da enguia, que apresentava inclusive o mesmo valor para cálculo.


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