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Thiago Comparini tinha confiança de Gilson de Souza, mas bastou depor na Promotoria para ser demitido
O ex-titular da Secretaria de Assuntos Estratégicos de Franca, Thiago Comparini, foi demitido pelo prefeito Gilson de Souza (DEM) do cargo no início de fevereiro do ano passado.
À época, o político afirmou que não tinha um motivo especial para exonerar o até então homem de confiança de seu governo. Agora, quase um ano depois, surge uma nova versão para o desligamento, que pode ter sido político, motivado por um depoimento de Comparini ao Ministério Público, salvo uma grande coincidência.
A ascensão de Thiago Comparini no governo foi rápida. Ele chegou à Prefeitura para ser o responsável pelo setor de informática, após ter deixado a mesma função no GCN – Grupo Corrêa Neves de Comunicação – dirigido pelo vereador Corrêa Neves Júnior (PSD), conselheiro político de Gilson de Souza e líder informal do prefeito na Câmara.
Aos poucos, conquistou espaço e foi promovido a um patamar bem mais elevado, o de chefe de Gabinete, o que demonstra o nível de relacionamento de confiança entre ele e Gilson.
Pouco depois, Comparini continuou em alta e assumiu a secretaria de Assuntos Estratégicos, que seria equivalente a uma Casa Civil no governo estadual, sendo uma espécie de chefe imediato dos demais secretários.
À pasta, ficam ligados setores importantes, como a Copel – Comissão Permanente de Licitações, responsável pelas compras de produtos e serviços pela Prefeitura.
Mas, de repente, Comparini foi demitido. Ocorre que, uma semana antes, ele havia sido ouvido no Ministério Público, pelo promotor de Justiça, Paulo César Corrêa Borges, e dito que se posicionou, diante de Gilson, contrário à renovação do contrato do antigo imóvel da Incubadora de Empresas, na Vila Imperador, por R$ 9 mil mensais, estando o prédio desocupado.
Segundo a ação civil pública impetrada pelo MP, Comparini disse ao promotor Paulo Borges que procurou Gilson de Souza pessoalmente e sugeriu que processo de renovação fosse encerrado e que deveria ser providenciado o encerramento da locação. “O prefeito disse que era para manter a locação, de forma taxativa e peremptória”, explicou o promotor de Justiça.