Secretário de Agricultura destaca dinamismo da cafeicultura paulista

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  • Publicado em 23 de outubro de 2016 às 10:00
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:00
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Setor saltou de safra de 4,8 milhões de sacas de café em 2015 para expectativa de 6 mi milhões este ano

Secretário Arnaldo Jardim ressaltou importância da região de Pinhal para ampliar a qualidade e produtividade do café para o mercado nacional e internacional. (Foto: João Luiz)

O secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, destacou o dinamismo do setor cafeicultor paulista e a importância da região para ampliar a qualidade e a produtividade da bebida no mercado nacional e internacional, durante a abertura da 4ª Feira do Agronegócio Café, realizada no dia 20 de outubro de 2016, em Espírito Santo do Pinhal.

“O setor segue extremamente dinâmico, pois saltamos de uma safra de 4.800 milhões de sacas de café produzidas em São Paulo no ano passado para a expectativa de produzir seis milhões de sacas neste ano. Na região montanhosa de Pinhal, temos dado a oportunidade de o pequeno produtor avançar por meio de ações como o Projeto Rural de Desenvolvimento Sustentável – Microbacias II – Acesso ao Mercado, com iniciativas como estruturas para a colheita e a torrefação do café”, afirmou o secretário a autoridades, lideranças do setor e estudantes de Engenharia Agronômica no auditório do Centro Regional Universitário de Espírito Santo do Pinhal (UniPinhal).

De acordo com Arnaldo Jardim, o apoio da Secretaria ao evento, que promove o contato entre os elos da cadeia produtiva do café e importantes debates, segue as orientações do governador Geraldo Alckmin de valorizar a produção agropecuária paulista, ampliar a produtividade e a qualidade. “A história do Estado de São Paulo e do País se confunde com a do café, pois a bebida agregou valor, criou riqueza, impulsionou a vinda de imigrantes, estabeleceu novas tendências e transformou as relações de trabalho. O café tem na sua gênese a característica de animar as pessoas, o que continua muito atual nos dias de hoje”, finalizou o secretário.

O prefeito José Benedito de Oliveira, idealizador do evento, destacou a evolução da feira nos últimos quatro anos. “Não é possível falar de Espírito Santo do Pinhal sem falar do café, pois essa é a base da nossa economia. Nos sentimos felizes com o dever cumprido de deixar como legado um evento técnico que está crescendo, não só na região, como no Estado e que conta com o importante apoio da Secretaria”, afirmou, destacando que a programação de palestras foi feita em parceria com os produtores, que destacaram os temas de maior interesse.

“O setor agropecuário é o grande negócio do Brasil, que tem vocação agrícola.  Devemos incentivar o seu desenvolvimento, por meio de ações como a feira, pois esse é o caminho para a retomada econômica”, ponderou o diretor-geral da Fundação Pinhalense de Ensino/UniPinhal, Juarez Torino Belli.

O diretor municipal do Departamento de Meio Ambiente e organizador da Feira, Tiago Cavalheiro Barbosa, lembrou que o evento integra as atividades do “Mês do Café”, que promoveu capacitações profissionais para a operação de máquinas, torrefação, classificação e degustação da bebida e seu uso na gastronomia. “Esse trabalho de orientação e intercâmbio de informações é um importante legado que a feira deixa para os profissionais da região de Pinhal”, disse o organizador do evento.

Também participaram da abertura do evento o vice-presidente da Câmara Municipal de Espírito Santo do Pinhal, Kleber Scalese Junior; a coordenadora do curso de Engenharia Agronômica, Maria Helena Calafiori; o presidente do Sindicato Rural de Pinhal, Manoel Carlos Gonçalves Junior; e o gerente do escritório regional do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) de São João da Boa Vista, Fernando Amendola Sanches. 

Com a presença de cafeicultores, torrefadores, classificadores, exportadores, compradores, fornecedores, empresários, proprietários de cafeterias, a 4ª Feira do Agronegócio Café conta com expositores de máquinas e insumos, além de palestras técnicas sobre “Estratégias para melhoria da comercialização de café”, “Crédito Rural”; “Questões Trabalhistas e a Cafeicultura” e “Linhas de Crédito e análise de mercado”. No local, também foi realizada a reunião da Câmara Setorial do Café. 

Além do apoio, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento, por meio da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), apresentou aos participantes as variedades de cafés especiais desenvolvidas pelo Instituto Agronômico (IAC), em Campinas.

“Além de apresentar a cultivar padrão, Bourbon Amarelo, estamos desenvolvendo variedades superiores, que ainda são experimentais. São cafés com perfil sensorial diferenciado, e nossa proposta é mostrar que as diferenças de sabor e aroma são em função da variedade específica, visto que são cultivados no mesmo espaço. Elas ainda estão em fase experimental, mas dentro de alguns anos podem se tornar comerciais”, explicou o pesquisador e diretor do Centro de Café “Alcides Carvalho” do IAC, Gerson Silva Giomo. 


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