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​Uma situação inusitada aconteceu no cenário político francano na semana que passou.

Diante da pressão dos servidores e com o objetivo de aprovar o projeto que limitava o valor dos precatórios no município, o líder oficial do prefeito Gilson de Souza, pastor Otávio, distribuiu aos vereadores um quadro preparado pela Secretaria de Finanças, em que constavam números deficitários em dezembro de 2017 e em abril de 2018.

Os números foram reproduzidos na tribuna da Câmara pelo vereador Marco Garcia, que criticou o desencontro nas informações por parte da Prefeitura e, ainda mais, criticou a condução da política financeira municipal.

Os números, assim como constam do quadro distribuído aos vereadores, foram divulgados pela imprensa independente da cidade, como o Jornal da Franca.

No mesmo dia, a Divisão de Comunicação da Prefeitura Municipal divulgou em seu portal uma nota de esclarecimento em que negava o déficit mostrado no gráfico distribuído aos vereadores.

Para justificar sua posição, a nota dizia que o quadro deveria ser lido e interpretado em todas as suas variáveis, mas que a maioria dos cidadãos não tem conhecimento ou mesmo acesso.

A divulgação da Prefeitura confundiu os próprios vereadores, pelo menos os que estão interessados na saúde financeira e nos investimentos para melhorar a qualidade de vida dos francanos.

Nesse sentido, os vereadores Kaká (PSDB), Adermis Marini (PSDB), Della Motta (Podemos) e Marco Garcia (PPS) apresentaram um requerimento para que a secretária de Finanças de Franca, Tânia Bertholino, compareça à Câmara de Franca para dar explicações sobre as contas públicas do município.

A convocação, que precisa ser aprovada pelo plenário, está marcando a presença de Tânia para o dia 12 de junho, ocasião na qual ela poderá ser questionada sobre os seguidos desencontros de informações e eventuais déficits nas contas da Prefeitura, de R$ 6 milhões, em dezembro, e R$ 14 milhões, até abril de 2018, em recursos próprios, oficializados na prestação de contas do governo de Gilson de Souza (DEM).

Os vereadores afirmam que será uma boa oportunidade para que Tânia faça um apanhado geral das contas da Prefeitura, uma vez que, apesar do déficit mostrado no quadro aos vereadores, ela, o prefeito e outros integrantes do governo afirmam que a situação está sob controle.

Para que Tânia seja ouvida na Câmara de Vereadores é necessário que o requerimento de convocação seja aprovado pela maioria dos integrantes do Legislativo francano.

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