Se faltar voluntários, Barroso considera convocar militares para eleições 2020

  • Rosana Ribeiro
  • Publicado em 24 de agosto de 2020 às 21:56
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 21:08
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

Segundo o ministro, esse seria o “plano C” da Justiça Eleitoral. O plano A é a campanha em rádio e TV

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou nesta segunda-feira (24) que, se não houver voluntários civis em número suficiente para a realização das eleições municipais em novembro, militares podem ser convocados. 

Segundo o ministro, esse seria o “plano C” da Justiça Eleitoral. O plano A é a campanha em rádio e TV, estrelada pelo médico Drauzio Varella, convocando voluntários. 

“Pelos números que eu tenho de São Paulo, já houve uma influência relevante de voluntários para servirem como mesários em menos de duas semanas”. 

“De modo que nós temos a expectativa de que não vamos ter problema com mesários no Brasil inteiro, sobretudo se seguir se o exemplo de São Paulo”, declarou na abertura do II Encontro Virtual do Colégio de Presidentes Tribunais Regionais Eleitorais (Coptrel).

Como “plano B”, continuou Barroso, “temos alternativa que já é adotada pelo TRE do Paraná, que é a de convênio com as universidades, inclusive com a contagem de tempo de trabalho para os estudantes que se disponham a fazê-lo”.

Por fim, como um plano C, ele disse que já conversou com o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva. “Numa emergência, nós também podemos convocar integrantes das Forças Armadas para nos ajudar.”

No entanto, o ministro disse considerar que “a questão dos mesários está adequadamente equacionada e acho que nós não precisaremos nem dos convênios nem da ajuda das Forças Armadas”. 

“As pessoas estão mobilizadas para o processo eleitoral e pela participação neste momento importante da democracia”, afirmou.

Extensão do horário​

Barroso explicou ainda que o TSE aguarda o posicionamento de um grupo de estatísticos para avaliar a ampliação do horário das eleições. 

O horário da votação é das 8h às 17h. Entretanto, chegou a cogitar-se a ampliação das 8h às 20h — depois de ouvidos os TREs.

“Nós recebemos o feedback de que 20h em diversos estados da federação era um horário impraticável, seja pelas dificuldades de transporte, seja por problemas relacionados à segurança pública”, explicou Barroso. 

“Neste momento, nós estamos aguardando as estatísticas para confirmarem a possível prorrogação de uma hora. Portanto, se fosse um horário tradicional, iria não mais de 8h às 17h, mas de 8h às 18h ou das 7h às 17h.”

*Informações CNN Brasil


+ Serviços