SBD reforça ações sobre a psoríase no dia em que a doença é lembrada

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 29 de outubro de 2018 às 19:42
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:07
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

Sociedade Brasileira de Dermatologia enfatiza os cuidados e terapias atualizadas para controle da doença

No dia em que todo o
mundo é mobilizado para prestar atenção especial e se conscientizar sobre a
psoríase, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) reforça a ação que vem
fazendo desde o início de outubro para enfatizar no cuidado e em terapias mais
atuais e eficazes para a melhora da qualidade de vida dos pacientes.

No Brasil, entre
1,10% e 1,50% da população tem a psoríase que é uma doença inflamatória
crônica, imunomediada e não contagiosa, que pode afetar o corpo todo,
principalmente os joelhos, cotovelos, mãos, pés e o couro cabeludo.

A mensagem principal é ressaltar, que apesar da psoríase ainda
não ter cura, tem controle e tratamento para a melhora da qualidade de vida dos
pacientes. O protocolo clínico da doença evoluiu muito nos últimos anos e vai
além dos medicamentos tópicos, como cremes, loções e shampoos. Dependendo do
grau, que pode ser leve, moderada ou grave, existem outras formas de cuidar do
paciente. A fototerapia, os medicamentos sistêmicos tradicionais e os
injetáveis (biológicos) são indicados nos tipos de psoríase moderada a grave, informa
a SBD.

Segundo a SBD, a psoríase causa lesões arredondadas, vermelhas e
descamativas, que muitas vezes geram preconceito e diminuem a qualidade de vida
dos pacientes acometidos. “O paciente pode perceber aquela casca no couro
cabeludo que nunca melhora ou manchas vermelhas descamativas nos cotovelos e
joelhos ou uma micose na unha do pé que nunca sara. Essas manchas vermelhas
normalmente causam coceira e desconforto”, explicou Gabriella Albuquerque,
membro da SBD do Rio de Janeiro.

Segundo ela, a causa da doença ainda é desconhecida, entretanto
existem gatilhos que fazem a psoríase entrar em atividade, como estresse,
traumas físicos, fumo, infecções e uso de algumas medicações. “O portador
normalmente tem uma pré-disposição genética, mas o fumo, álcool, sedentarismo e
estresse podem ajudar a desencadear o problema”.

O diagnóstico é feito pelo dermatologista, por meio do exame
clínico, mas se necessário, pode ser feita uma biópsia. “O tratamento pode ser
feito com o uso de pomadas e a pele tem que ficar bem hidratada para evitar o
aparecimento de placas e a piora nas já existentes. Também podem ser utilizados
medicamentos sistêmicos.

Gabriella também ressaltou que atualmente há uma percepção cada
vez maior de que os pacientes de psoríase devem ser avaliados pelo
dermatologista, reumatologista e pelo cardiologista. “Além de atingir a pele,
atinge as articulações e o coração, porque a doença libera um fator de necrose
tumoral que pode afetar órgão, por isso é importante ser avaliado pelo
cardiologista.


+ Saúde