Sapateiros de Birigui fecham acordo salarial. Em Franca negociações estão paradas

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 7 de agosto de 2017 às 17:08
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:17
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Sindifranca paga apenas repasse de 4.69% e Sapateiros tentam acordos fábrica a fábrica

Enquanto a cidade co-irmã de fabricação de calçados Birigui (SP) acaba de anunciar o acordo salarial entre sapateiros e patrões, em Franca as negociações entre o Sindifranca e o Sindicato dos Sapateiros do Município estão paralisadas.

O Sindifranca, diante do desacordo com os trabalhadores orientou as empresas empregadoras a fazerem os pagamentos de março em diante com base no índice inflacionário anual de 4.69%.

O Sindicato dos Sapateiros preferiu não fechar o acordo coletivo e trilhou o caminho das negociações fábrica por fábrica, deixando também, neste período, de acionar o Ministério do Trabalho para eventual dissídio coletivo arbitrado.

Diante disso, considerado o levantamento feito pelo Sindifranca, a quase totalidade dos sapateiros amarga o primeiro ano, depois de 2011, sem aumento real em seus salários, recebendo, a partir dos pagamentos feitos em abril, o reajuste de apenas 4.69%%. Referente à inflação.

Sindifranca

O Sindifranca, em seu último comunicado, de maio (mês em que ocorreu a última rodada de negociação, sem acordo) diz, indiretamente, que a tática do Sindicato dos Sapateiros é um insucesso.

Alega a entidade patronal que os representantes dos sapateiros informaram que apenas 13 acordos foram fechados com Empresas de Pequeno Porte (EPP), em sua maioria empresas familiares.
“Após avaliação dos acordos apresentados, a equipe técnica de negociação do Sindifranca avaliou que as empresas envolvidas não correspondem nem a 1% dos 22,1 mil funcionários do Parque Calçadista Francano e, por isso, a ação não deve ser considerada expressiva para todo o setor”, diz uma nota oficial da entidade patronal.

O Sindifranca diz ainda que apelou às empresas “Para que se mantenham unidas e que não fechem acordos individuais, confiando que o Sindifranca – seu sindicato – lutará pelos seus direitos. Aconselhamos também que os empresários procurem conversar com seus funcionários, informando que as negociações ainda não estão encerradas e que eles não serão prejudicados pela demora no fechamento do acordo”.

Sapateiros

O Sindicato dos Sapateiros, até o fechamento desta matéria, embora procurado, não se manifestou sobre a posição do Sindifranca. Um dos diretores informou que o trabalho continua sendo feito de fábrica em fábrica na busca de um acordo salarial maior que o s 4.69% pagos pelo Sindifranca.

Birigui

Em Birigui (SP), ​atendendo ao chamado da direção do Sindicato, centenas de trabalhadores das indústrias de calçados compareceram na sede do Sindicato dos Sapateiros da cidade  na manhã do último dia 05 de agosto, para apreciarem, discutirem e votarem a contraproposta para reajuste salarial 2017.

Na assembléia após as explanações da presidente do Sindicato – Milene Rodrigues, foram debatidos vários pontos e após esclarecerem todas às duvidas, foi dado início ao processo de votação por aclamação.

A proposta foi aprovada por unanimidade (sem votos contras), pelos trabalhadores presentes.

 

ABAIXO A PROPOSTA APROVADA:

– Aumento salarial de 4% sob os salários vigentes em 30 de junho de 2017.

– Os salários referentes ao mês de Julho/2017 também terão o aumento pago no próximo pagamento; (O Sindicato garantiu);

– O Piso normativo da categoria agora é R$ 1.040,00 (mil e quarenta reais);

– Manutenção do fornecimento de cesta-básica com produtos de qualidade;

– Pagamento da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) continua garantido a todos os trabalhadores;

– Pagamento da PLR das Mães, (Participação de lucros e resultados) continua a ser pago na mesma condição atual;

– Pagamento do PTS. (Prêmio por Tempo de Serviço): todo trabalhador com mais de 02 anos de serviço receberão mais 1% de aumento. 


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