São Paulo e outras 10 cidades do mundo podem ficar sem água até 2030

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 12 de fevereiro de 2018 às 00:15
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:34
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Um quarto das principais cidades do mundo enfrentará problemas hídricos como a Cidade do Cabo

A Cidade do Cabo enfrenta uma
situação nada invejável como a primeira grande cidade da era moderna a ficar
sem água potável. No entanto, esse é apenas um exemplo extremo de um problema
sobre o qual especialistas vêm alertando há muito tempo: a escassez de água.

Apesar de cobrir 70% da superfície
do planeta, a água doce, especialmente a potável, não é tão abundante assim:
responde por só 3%. Mais de um bilhão de pessoas enfrentam problemas de acesso
a ela e, para 2,7 bilhões, ela falta ao menos um mês por ano.

Uma pesquisa com as 500
maiores cidades do mundo, publicada em 2014, estima que uma em cada quatro
estão em situação de “estresse hídrico”, como define a Organizações das Nações
Unidas (ONU) quando o abastecimento anual cai abaixo de 1,7 mil metros cúbicos
por pessoa.

De acordo com as projeções
chanceladas pela ONU, a demanda por água doce vai superar o abastecimento em
40% em 2030, graças a uma combinação entre as mudanças climáticas, a ação
humana e o crescimento populacional.

São Paulo

A capital paulista passou por
uma situação dramática em 2014 e 2015, quando seu principal conjunto de
reservatórios, o sistema Cantareira, atingiu seu menor nível da história. A
Sabesp, companhia paulista de abastecimento, passou a puxar a água que ficava
abaixo dos canos de captação, no chamado volume morto, e reduziu a pressão nas
bombas, o que fez com que partes da cidade ficassem desabastecidas. Também
houve campanhas para a redução do consumo.

Em dezembro de 2015, com a
volta das chuvas, o Cantareira saiu finalmente do volume morto.

O governo paulista atribuiu a
crise à forte seca que atingiu a região, mas uma missão da ONU criticou as
autoridades estaduais por falta de investimentos e planejamento adequados.

Nos últimos anos, a situação
das represas melhorou, mas especialistas afirmam que a possibilidade de uma
nova crise segue presente.


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