São Paulo confirma primeiro caso de sarampo contraído na capital

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 16 de maio de 2019 às 14:39
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:33
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Desde 2015 não havia registro da doença na cidade – sete casos importados foram confirmados na capital

A cidade de São Paulo teve seu primeiro caso de sarampo
autóctone (contraído na própria cidade) confirmado pela Coordenadoria de
Vigilância em Saúde (Covisa), da Secretaria Municipal da Saúde (SMS).

Desde 2015 não havia registro da doença na cidade de São
Paulo.  Outros sete casos foram confirmados na capital paulista. Todos
foram importados, sendo um da Noruega, cinco de Israel e um relacionado ao
surto do navio MSC (Malta). Não há casos de morte por sarampo confirmados em
São Paulo neste ano.

Segundo a Covisa, os casos de Israel são todos do mesmo
domicílio e adquiridos por transmissão de um dos pacientes que contraiu o vírus
em Israel, por isso também são considerados importados conforme a classificação
que segue normatização do Ministério da Saúde e da Secretaria Estadual de Saúde
de São Paulo.

“O sarampo é uma doença de notificação obrigatória e imediata.
Sempre que são identificados casos suspeitos, a vigilância epidemiológica
desencadeia ações de bloqueio vacinal para evitar o contágio. Os procedimentos
para evitar a contaminação de outras pessoas são adotados assim que se
identifica uma simples suspeita da doença, não aguardando a confirmação do caso
de sarampo”, diz a nota da Secretaria Municipal de Saúde.

De acordo com as informações da secretaria, após a notificação é
feita uma investigação do caso com a busca de dados clínicos e da investigação
laboratorial. Em seguida é feita a investigação epidemiológica com a avaliação
do deslocamento do caso suspeito para tomar medidas de prevenção; o caso é
orientado a se isolar pelo período máximo de transmissão.

Assim é feito o bloqueio vacinal, com a vacinação seletiva das
pessoas da mesma casa do caso suspeito, vizinhos, creches pessoas da mesma sala
de aula, mesmo quarto ou sala de trabalho. Também são vacinados os não
imunizados ou que estejam com a carteirinha de vacinação incompleta. Caso seja
confirmado a doença é feita a vacinação em todos os locais frequentados pelo
indivíduo.

Cobertura da vacina

A cobertura vacinal contra o sarampo, caxumba e rubéola, na
população de um ano de idade foi 95,66% em 2018 e atingiu os 101% nos primeiros
quatro meses de 2019, com 56.295 doses aplicadas, na cidade de São Paulo.

A vacina tríplice, que protege contra essas três doenças, deve
ser aplicada em duas doses a partir de um ano de vida da criança até 29 anos,
as pessoas de 30 a 59 anos (nascidos a partir de 1960) devem receber uma dose.
As doses são fornecidas na rede municipal de saúde.


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