Saídas de membros do primeiro escalão deixam governo sem estabilidade

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 16 de janeiro de 2019 às 04:55
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:19
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Gilson de Souza não consegue manter um primeiro escalão e saídas não dão sequência aos projetos

A instabilidade política do governo Gilson de Souza (DEM) pode ser um dos fatores que levam a atual gestão municipal a ser “engessada” sob diversos aspectos. Com as trocas constantes de cargos, bons projetos ficam parados e problemas vão surgindo gradativamente.

O revezamento de secretários no governo é um dos fatores que geram esta instabilidade. Se voltarmos no tempo, a primeira grande baixa de Gilson foi Sebastião Ananias, demitido logo no início de seu governo. 

Aparentemente, jogo de egos e vaidades ocasionou o desligamento do experiente ​secretário. Depois, passou pelo cargo Neide Lopes, que foi secretária de Alexandre Ferreira e jamais entrou no ritmo de Gilson de Souza. Tanto que pediu demissão e passou o comando para Tânia Bertholino, que tem seus méritos, mas está muito aquém da experiência de Ananias.

Nos meses passados, de dezembro para cá, Gilson perdeu vários integrantes de seu primeiro escalão. Saíram, por iniciativa própria, Carlos Gatti (Segurança e Cidadania), Flávia Lancha (Desenvolvimento), Orivaldo Donzelli (Chefe de Gabinete) e Cléber Reis (Negócios Jurídicos). E, agora, o secretário de Recursos Humanos, o juiz aposentado Alberto Cordero Donha.

É preocupante ver tanta gente ligada a Gilson e por ele nomeada pulando do barco ao mesmo tempo. Por motivações diferentes – ou não – são pessoas com informações íntimas do governo e que, de repente, decidiram desembarcar. 

Pouco depois, o Ministério Público entrou com ação na Justiça, por improbidade administrativa, contra Gilson de Souza, por pagar R$ 9 mil por mês em um imóvel desocupado. Agora, mais uma representação foi feita contra Gilson pelo Observatório Social do Brasil, sobre irregularidades possíveis na licitação para compra de fogos de artifício para a virada do ano.

São sinais de alerta de que algo não está nos eixos no governo de Gilson de Souza e de que os próximos meses poderão ser turbulentos para o prefeito.


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