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O fator sorte mais uma vez bafeja pelos lados do tucano Sidnei Rocha. Depois de vencer uma inédita prévia contra o atual prefeito e presidente do PSDB em Franca, Alexandre Ferreira, o ex-prefeito acompanhava os bastidores políticos, onde o principal fato era uma suposta “articulação das oposições” na base do “todos contra Sidnei”.

Para os mais experientes, as conversas entre os caciques partidários, como Dr. Ubiali (PSB), Gilson de Souza (DEM) e Graciela (PTB) não iam mesmo dar em nada.

Apesar da euforia dos mais inocentes (que não sabem de nada, coitados) após algumas conversas e sondagens, todo mundo que conhece um pouquinho de política sabia que cada um dos três pretensos candidatos contra Sidnei cozinhava o outro em água fria e, claro, digeria o medo de enfrentar Sidnei, um notório fênix, que renasceu de uma passagem inexplicável pelas hostes malufistas, derrubou o PT, ganhou uma reeleição em primeiro turno e elegeu, o que muitos chamavam de improvável prefeito, Alexandre Ferreira.

Na realidade três contra um, no caso de Ubiali, Gilson e Graciela, não seria uma covardia. Todos sabem do potencial eleitoral de Sidnei e por isso analisavam que, só unidos poderiam ao menos disputar as eleições de outubro.

Mas os experientes políticos da cidade também sabem que, compromisso político é uma coisa que só se cumpre em último caso, quando deveria ser o contrário.

Graciela citou como motivo de sua desistência, eventuais prejuízos na carreira de Delegada de Polícia, que prevê promoções por antiguidade, quinquênios e uma aposentadoria integral. É a mesma situação que tirou o delegado Radaéli da disputa à reeleição como vereador. Na dúvida, é melhor não arriscar.

Mas Graciela sabe, também, que conversar com Ubiali e Gilson de Souza é conversar. Na maioria das vezes não avança mesmo…

Assim, sem uma garantia de uma base partidária sólida, com muita gente percorrendo o eleitorado – numa campanha de tiro curto como será a de outubro – onde o tempo de programa eleitoral no rádio e na TV é fundamental para atingir todos os pontos da cidade -, Graciela recuou, não sem razão, não sem que os mais atentos compreendam. Mas embolou o meio de campo.

Graciela, que teve propostas de apoiar alguém em 2016 para ser apoiada a deputada em 2018, encerra assim o que parece um ciclo, que muitos na política também chamam de “cavalo passando”. 

Tendo perdido eleições para a prefeitura e para deputada, com mais dois anos no mínimo fora do cenário político, dificilmente ela continuará mantendo sua base eleitoral, forjada na simpatia dos eleitores em relação a ela, porque todo mundo sabe, suas campanhas sempre foram pobres, financeiramente falando.

Graciela, carta fora do baralho, deixa um pouco órfãos, Gilson de Souza e Dr. Ubiali na corrida eleitoral à Prefeitura. Ninguém é louco, neste momento, em apostar que os dois façam um pacto (e o mantenham) para bater Sidnei Rocha.

Assim, ficaremos naquele cenário que já vimos em eleições municipais passadas: se saírem adversários de Sidnei, Gilson e Ubiali o farão por pura vaidade, quando muito, por orgulho partidário. Mas que estarão unidos é mesmo improvável.

Os debates políticos passam batido, sem que o PT, que governou a cidade por dois mandatos, nos oito anos com Gilmar Dominici, seja muito lembrado. 

Seu quadro mais conhecido, o ex-vereador Gilson Pelizaro, que como Graciela já tentou de tudo (Prefeitura, Parlamento), receberá apoio integral  do partido para tentar puxar votos, mas não tem ninguém para encarar uma candidatura a prefeito. 

Gilmar, que após nove anos deixa Brasília sabe que sua hora passou, e que o PT dificilmente leva a Prefeitura de Franca se lançar candidato. 

O quadro que mensalões e petrolões e o impedimento de Dilma e Lula prestes a ser preso deixaram, opera contra as pretensões do outrora queridinho da estrela vermelha. 

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