Um pouco da história da Usina Mascarenhas de Morais, antiga Peixoto

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 6 de setembro de 2019 às 20:08
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:47
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A antiga Peixoto está entre dois complexos energéticos: Furnas (a montante) e Estreito (jusante)

​Hélio Rodrigues, especial para o Jornal da Franca

A  história da Usina Mascarenhas de Moraes, anteriormente denominada Peixoto, data de 1947, dez anos antes da fundação de Furnas.

Foi na época que a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) via ameaçada de esgotamento a sua capacidade de geração. 

Estudos realizados numa bacia de drenagem, com 59.600 km², indicaram os benefícios da construção da barragem, permitindo, assim, a regularização das descargas do rio Grande.

Em 1950, a CPFL conseguiu a concessão para construir uma usina hidrelétrica num local situado próximo à cidade de Ibiraci. 

Sete anos depois, duas unidades, de 40 MW cada, entravam em operação. Esta foi a primeira usina de grande porte construída no rio Grande.

Localizada entre as usinas de Furnas (a montante) e Luiz Carlos Barreto de Carvalho (a jusante), a Usina Mascarenhas de Moraes está entre dois grandes complexos energéticos. 

Posteriormente, a regularização das vazões do rio Grande, realizada, sobretudo, pela Usina de Furnas, permitiu que mais unidades fossem instaladas e, em 1968, a então Usina de Peixoto alcançou sua capacidade final de 476 MW, com dez unidades geradoras.

Em dezembro do mesmo ano, Peixoto recebeu nova denominação: Usina Marechal Mascarenhas de Moraes. 

Somente em 1º de agosto de 1973, por determinação da Eletrobras, a usina passou a ser operada por Furnas.

DADOS TÉCNICOS

Barragem 

Tipo: arco e gravidade

Desenvolvimento no coroamento: 600 m

Elevação no coroamento: 669,12 m

Volume total: 800 mil m³

Reservatório

Nível normal de operação: 666,12

Nível de máxima cheia (Nível máximo maximorum): 666,92

Nível de desapropriação: 668,62 m

Nível mínimo de operação: 653,12

Área inundada: 250 km²

Volume total: 4,04 bilhões m³

Volume útil: 2,5 bilhões m³

Tomada d’Água 

Comportas tipo vagão

Quantidade: 10

Altura d’água sobre a soleira: 22 m

Largura: 7,08 m

Altura: 6,15 m

Fabricantes: 1 a 3 – Paceco (USA) / 4 – Monarch (USA) / 5 a 10 – Torque (Brasil)

Vertedouro 

Descarga Máxima: 9.350 m³/s

Comportas tipo segmento

Quantidade: 11

Largura: 10,67 m

Altura: 12,98 m

Raio: 10 m

Fabricante: Paceco (USA)

Vertedouro complementar 

Descarga Máxima: 3.1000 m³/s

Comportas tipo segmento

Quantidade: 2

Largura: 12 m

Altura: 16,50 m

Raio: 16 m

Fabricante: Bardella S.A.

Casa de força 

Tipo: semicoberta

Dimensão: 210 m x 25 m

Unidades geradoras: 10

Rotação: 128,6 RPM (unidades 1, 2, 5, 6, 7 e 8) / 138,5 RPM (unidades 3, 4, 9 e 10)

Potência nominal: 40 MW (unidades 1 e 2) / 48 MW (unidades 3 e 4) / 49 MW (unidades 5, 6, 7 e 8) / 52 MW (unidades 9 e 10)

Turbinas

Tipo – Francis de eixo vertical

Diâmetro do rotor: 3,911 m (unidades 1 e 2) / 3,947 m (unidades 3 e 4) / 4,013 m (unidades 5, 6, 7 e 8) / 3,950 m (unidades 9 e 10)

Fabricantes: 1 e 2 (Dominium/Canadá) / 3 e 4 (Morgan Smith/USA) / 5, 6, 7 e 8 (W.Stell/USA) / 9 e 10 (MEP/Brasil)

Geradores

Frequência – 60 Hz

Tensão nos terminais: 13,8 kV

Fabricantes: 1 a 4 (Westinghouse/USA) / 5, 6, 7 e 8 (General Electric/USA) / 9 e 10 (Brown Boveri/Brasil)

Transformadores: 24 (operação mais reserva)

Tipo: monofásico / trifásico

Capacidade total em operação: 797,92 MVA

Relação de transformação: 13,8 / 345 kV / 13,8 / 138 kV

Fabricante: ABB / Westinghouse / GE / Alsthon


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