Saiba quando uma simples infecção urinária pode ser fatal e levar à morte

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 3 de fevereiro de 2019 às 18:49
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:21
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Responsáveis pela infecção, bactérias podem sair da bexiga e atingir os rins e a corrente sanguínea

A infecção urinária
ocorre quando bactérias que não são parte da flora deste sistema entram pelo
canal da uretra e causam um quadro marcado por sintomas como dor ao urinar,
vontade constante de fazer xixi e febre.

Segundo o urologista Flávio Áreas, normalmente as
bactérias se alojam na bexiga, e, neste caso, o tratamento costuma ser mais
simples, administrado com antibióticos.

Conforme explica o médico, porém, as bactérias
responsáveis pela infecção podem sair da bexiga, continuando seu caminho pelo
ureter até os rins e à corrente sanguínea. Isso, segundo ele, complica muito a
situação do paciente, e alguns fatores podem contribuir para esses quadros.

De acordo com Flávio, um quadro
bastante comum é o de infecções que não são corretamente tratadas e, por isso,
tornam-se recorrentes. “Nesses casos, o organismo fica resistente aos remédios
que são sempre usados”, explica ele.

Outro fator que pode contribuir para
que uma infecção urinária se torne reincidente e mais grave é o de que, após
uma crise, o corpo entra em um processo de recuperação, e, durante ele, fica
mais frágil. Caso o paciente não tome alguns cuidados durante esse período, há
riscos de a bactéria retornar.

Sintomas
e prevenção

Quando as bactérias estão alojadas na bexiga, a
infecção normalmente gera um quadro de dor no canal da uretra, uma vontade de
ir ao banheiro que não passa e febre, mas, quando o quadro evolui para uma
infecção nos rins, os sintomas mudam um pouco.

Nesses casos mais graves, o paciente pode sentir
dores na região da coluna lombar, febre alta, dores no corpo e de cabeça e
vômitos. Aqui, também é importante ressaltar que esse quadro nem sempre vem
acompanhado de incômodo na hora de urinar.

Em geral, porém, as recomendações para se evitar
esse tipo de infecção são simples. É importante, por exemplo:

– Lembrar-se de urinar após as relações sexuais,
pois o ato limpa o canal e evita a instalação de possíveis bactérias contraídas
durante o sexo;

– Não ficar muito tempo com roupas
molhadas após entrar no mar ou na piscina, já que a umidade favorece a
proliferação de bactérias;

– Para mulheres, é essencial realizar
uma higiene adequada, trocando o absorvente (tanto interno quanto externo) de
acordo com a recomendação na embalagem;

– Não segurar o xixi por muito tempo,
já que o hábito favorece o acúmulo e a instalação de bactérias;

– Tomar cuidado com a higiene íntima
– especialmente no caso de mulheres, que têm a uretra e o ânus muito próximos.
Nesse caso, é indicado passar o papel higiênico partindo da vulva, e não ao
contrário.

Já para prevenir a
reincidência de uma infecção, Flávio explica que há ainda mais algumas
recomendações. “É indicado fazer o tratamento adequado e mantê-lo por alguns
meses. Exames de sangue, urina e mudanças de hábito – como tomar água e evitar
relações sexuais – também devem ser feitos nos meses seguintes”, explica.

Na presença dos sintomas tanto de infecção urinária
como nos rins, é importante evitar tratamentos caseiros e procurar atendimento
médico para que exames constatem o tipo da bactéria presente e possam
direcionar o paciente para o tratamento adequado.


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