Saiba qual é a importância da vacinação em todas as fases da vida

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 12 de maio de 2019 às 00:42
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:33
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Segundo OMS, 1,5 milhão de mortes poderiam ser evitadas se a cobertura mundial de vacinação fosse melhor

Além
das campanhas nacionais de vacinação que ocorrem pelo país, como a da gripe
atualmente e a da febre amarela no ano passado, é importante manter outras
imunizações em dia. Cada fase da vida requer cuidados específicos, e as vacinas
fazem parte do cuidado com a saúde.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 1,5
milhão de mortes poderiam ser evitadas se a cobertura mundial de vacinação
fosse melhorada. Sabendo disso, o órgão lidera a Semana Mundial da Imunização,
entre os dias 24 e 30 de abril deste ano, que busca conscientizar a população
sobre a importância da vacina e das conquistas já alcançadas graças a essa revolução
da saúde.

Mas, diferente do que muitos podem pensar, não são
apenas crianças e idosos que precisam se vacinar. “A vacinação pode e deve
estar presente durante todas as fases da vida, da primeira infância à
senilidade, e isso inclui os adultos”, diz a médica ocupacional Sheila
Homsani, diretora médica da Sanofi Pasteur, divisão de vacinas da farmacêutica
Sanofi.

Cada fase da vacinação tem sua relevância para
manter a proteção contra doenças que prejudicam a qualidade de vida dos
indivíduos e podem até levar à morte. Conheça abaixo a importância da vacinação
durante todas as fases da vida:

Recém-nascidos

Ao nascerem, os bebês ficam expostos a centenas de
vírus e bactérias e o sistema imunológico deles ainda é imaturo e frágil, o que
os deixa mais suscetíveis a doenças e infecções.

Hepatite B, influenza e poliomielite são algumas
enfermidades graves que impactam a saúde dos recém-nascidos e que podem ser
prevenidas com vacinação. “Em 1980, o Brasil tinha uma incidência de um
caso de poliomielite a cada cem mil indivíduos quando houve o primeiro dia
nacional de vacinação contra a doença. No ano seguinte, em 1981, a incidência
passou a 0,1 caso em cem mil pessoas, uma queda extremamente significativa que
mostra a eficiência da iniciativa”, conta Sheila.

Infância

Nesta fase, é importante que crianças de até dez
anos de idade recebam o primeiro grupo de vacinas e as doses de reforço para
evitar o aparecimento de doenças. Devido à maior exposição na escola, onde
acontece o contato com um número maior de pessoas, e com o sistema imunológico
ainda em desenvolvimento, as crianças podem estar mais propensas a contrair
infecções e enfermidades.

Difteria, coqueluche, tétano e influenza são
algumas das doenças que podem ser evitadas se as crianças forem vacinadas de
acordo com o calendário vacinal.

Adolescentes

Os adolescentes são o grupo com maior chance de ser
afetado pelo vírus meningococo, que provoca a meningite meningocócica. A doença
pode causar sequelas como perda de visão, audição e de membros e ser fatal. O
reforço da vacina ocorre, inclusive, entre os 11 e 14 anos e pode reduzir o
risco de transmissão da doença para outras pessoas não protegidas.

É também nessa idade que pode ser administrada a
vacina contra o HPV, vírus que pode causar câncer de colo do útero nas mulheres
adultas.

Adultos

“Vacinar-se quando adulto não é muito comum e
as pessoas nem sabem que é necessário, mas algumas vacinas tendem a perder a
eficácia ao longo do tempo e exigem uma dose de reforço para continuar
protegendo o indivíduo”, afirma Sheila. Protegidos, os adultos podem
evitar a transmissão de doenças a seus familiares e colegas de trabalho. 

Outro
ponto é que infecções tendem a piorar o quadro clínico de doenças crônicas. “Se um paciente com doença crônica, como
doença cardiovascular ou diabete, é infectado com alguma doença que pode ser
prevenida por vacina, ele pode ter seu quadro inicial agravado e uma
descompensação ainda maior na saúde”, alerta a especialista, que recomenda
ainda mais atenção à imunização nesses casos.

Gestantes também devem ficar atentas, uma vez que
também são mais suscetíveis a complicações por terem um sistema imunológico
mais deficiente do que outros indivíduos. Vacinas contra gripe, hepatite B e
tétano são indicadas na fase adulta, dependendo da condição vacinal de cada
pessoa.

Idosos

As doenças podem causar mais complicações e até
serem letais em idosos, que possuem um organismo mais suscetível e debilitado
do que as outras faixas etárias. Considerados parte do grupo prioritário em
campanhas nacionais de vacinação, os idosos são, por exemplo, as principais
vítimas da influenza. Além disso, a vacinação desse grupo é estratégica para a
saúde pública, por permite aumentar a qualidade de vida dessa população.


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