Saiba como identificar a apneia do sono, um transtorno com solução

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 26 de maio de 2018 às 13:32
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:45
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

Distúrbio gera problemas como dificuldade de concentração, dores de cabeça e irritabilidade

A apneia obstrutiva do
sono é um distúrbio que causa parada momentânea da respiração ou uma respiração
muito superficial durante o sono, resultando em roncos e num descanso
pouco relaxante, que não permite recuperar as energias. Assim, além
de sonolência durante o dia, esta doença provoca sintomas como dificuldade
de concentração, dor de cabeça, irritabilidade e até impotência.

Para
identificar a apneia obstrutiva do sono, deve-se notar a presença dos seguintes
sintomas: 

– Roncar durante o sono;

– Acordar várias vezes à noite, mesmo
que por poucos segundos e de forma imperceptível;

– Apresentar paradas da respiração ou
sufocamento durante o sono;

– Ter excesso de sono e cansaço
durante o dia;

– Acordar para urinar ou perder urina durante
o sono;

– Ter dor de cabeça pela manhã;

– Diminuir o rendimento nos estudos
ou trabalho;

– Ter alterações da concentração e da
memória;

– Desenvolver irritabilidade e
depressão;

– Ter impotência sexual.

Esta
doença acontece devido a um estreitamento nas vias respiratórias, na região do
nariz e garganta, que acontece, principalmente, por uma desregulação na
atividade dos músculos da região da garganta chamada faringe, que
pode estar excessivamente relaxada ou estreitada durante a
respiração. O tratamento é feito pelo médico pneumologista, que poderá indicar
um aparelho chamado CPAP ou, em alguns casos, cirurgia. 

Ela é mais comum em pessoas acima dos 50 anos de idade, e
a quantidade e intensidade dos sintomas varia de acordo com a gravidade da
apneia, que é influenciada por fatores como excesso de peso e anatomia das vias
respiratórias da pessoa, por exemplo.

Tipos

Existem 3 tipos  principais da apneia do sono,
que podem ser:

– Apneia obstrutiva do sono: acontece na maioria
dos casos, devido à obstrução das vias aéreas, causadas pelo relaxamento dos
músculos da respiração, estreitamento e alterações da anatomia do pescoço,
nariz ou mandíbula.

– Apneia central do sono: acontece, geralmente,
após alguma doença que causa lesão cerebral e altera a sua capacidade de
regular o esforço respiratório durante o sono, como em casos de tumor
cerebral, pós-AVC ou doenças degenerativas do cérebro, por exemplo;

– Apneia mista: é provocada pela
presença tanto de apneia obstrutiva como de apneia central, sendo o
tipo mais raro. 

Também existem casos de apneia temporária, que
pode acontecer em pessoas com inflamação das amígdalas, tumor ou
pólipos na região, por exemplo, que podem dificultar a passagem do ar
durante a respiração.

Além disto, existem hábitos de vida que aumentam o
risco de desenvolver uma apneia obstrutiva do sono, como o excesso de peso,
consumo de bebidas alcoólicas, tabagismo e uso de remédios para dormir. 

Diagnóstico

O diagnóstico definitivo da síndrome da apneia do
sono é feito com a Polissonografia, que é um exame que analisa a qualidade do
sono, medindo as ondas cerebrais, os movimentos dos músculos da respiração, a
quantidade de ar que entra e sai durante a respiração, além da quantidade de
oxigênio no sangue.

Este exame serve para identificar tanto a apneia
como outras doenças que interferem no sono. 

Além disto, o médico irá fazer uma avaliação da
história clínica e exame físico dos pulmões, face, garganta e pescoço da
pessoa, o que também poderá ajudar a diferenciar entre os tipos de apneia. 

Tratamento

Para tratar a apneia do sono, existem algumas
alternativas:

– CPAP: é um aparelho, semelhante a
uma máscara de oxigênio, que empurra o ar para as vias aéreas e facilita a
respiração e melhora a qualidade do sono. É o principal tratamento para a apneia
do sono.

– Cirurgia: é feita nos pacientes que não
melhoram com uso de CPAP, que pode ser uma forma de cura da apneia, com a
correção do estreitamento ou obstrução do ar nas vias respiratórias, coração de
deformidades na mandíbula ou a colocação de implantes. 

– Correção de hábitos de vida:
é importante deixar hábitos que podem estar piorando ou desencadeando uma apneia
do sono, como fumar ou ingerir substâncias que causam sedação, além de ser
muito importante perder peso. 

Os sinais de melhora podem demorar algumas semanas
para serem notados, mas já se pode perceber a diminuição do cansaço ao longo do
dia devido ao sono mais restaurador.

O tratamento da apneia do sono é importante pois, além de
diminuir a quantidade de roncos e incomodar menos as pessoas ao redor, também
previne o surgimento de complicações e doenças desencadeadas por este
distúrbio, como: hipertensão arterial, diabetes tipo 2, insuficiência cardíaca,
arritmia, infarto e AVC.


+ Saúde