Roubos de carga crescem na região e elevam preços dos serviços de frete

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 31 de outubro de 2017 às 06:26
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:25
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Ocorrências encarecem seguro e obrigam empresas a repassar valores ao consumidor final

O balanço parcial dos roubos de carga registrados entre janeiro e setembro deste ano na região de Ribeirão Preto (SP) foi 23,3% maior do que em 2016, segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP/SP).

De acordo com o levantamento, as 93 cidades abrangidas pelo Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior (Deinter 3) tiveram 185 casos entre janeiro e setembro, 35 a mais do que no período anterior.

A alta incide diretamente no seguro pago pelas transportadoras de combustíveis, um dos produtos mais procurados pelos criminosos, e acaba repassada para o consumidor final, segundo o Sindicato das Distribuidoras de Combustíveis.

“Hoje poucas seguradoras fazem o seguro de carga, de combustível, e as que fazem dão muito caro. Aí a transportadora é obrigada a repassar no preço do frete esse custo do seguro. No final, vai impactar no preço na bomba do posto de combustíveis”, afirma Valdemar de Bortoli Junior, presidente da entidade.

Em contrapartida, o Sindicato dos Corretores de Seguros defendem que, apesar dos prejuízos, tentam estabelecer um diálogo com as transportadoras para encontrar uma solução.

“A seguradora vive em função de fazer seguro. O que precisa é que o mercado segurador converse com o mercado transportador de carga perigosa, inflamável, e que eles cheguem a um acordo no sentido de encontrar a melhor maneira de proteger a carga. É isso que está sendo feito caso a caso com as empresas transportadoras que têm interesse em mitigar esse risco”, diz o diretor do sindicato, Vicente Tozzo. 

Dos 185 roubos de carga no ano, 34 – ou seja, 18,37% – ocorreram em Ribeirão Preto, maior cidade da região.

(Com informações do G1)


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