Roger acredita que este momento é do elenco fazer sua história no Palmeiras

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 6 de abril de 2018 às 17:24
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:39
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Antes da decisão, o Palmeiras realiza neste sábado (7) o último treino preparatório

O elenco palmeirense vive a expectativa da disputa da grande final do Campeonato Paulista neste domingo (8), às 16h, contra o Corinthians, no Allianz Parque.

A arena alviverde, inclusive, pode ver o Verdão levantar uma taça de campeão pela terceira vez na história, já que foi palco das conquistas da Copa do Brasil (2015) e do Brasileirão (2016). Para Roger Machado, ter a possibilidade de vencer o estadual é impactante pelo valor histórico do certame.

“Para o Palmeiras, o torcedor, o grupo de jogadores e o treinador, representa muito. Não pelo tempo sem conquistá-la, mas pelo peso histórico que os clubes dão aos estaduais. Para a carreira de um treinador, é importante no currículo, pois marca a trajetória do profissional dentro do clube. Para o atleta e para a torcida, é algo que não se esquece jamais. Lembro-me como se fossem hoje as conquistas estaduais que tive. Dependendo do momento, ela adquire peso ainda maior dentro do contexto”, disse.

Com a vitória por 1 a 0 conquistada na primeira partida, na casa do rival, o clube pode repetir o feito de 2008, data do último título estadual palestrino. Tal ano, inclusive, marcou o último ano de Roger como atleta profissional. Para ele, a vantagem jamais deve ser vista de forma cômoda pelo elenco.

“Temos vantagem, porém acredito que a gente não deva ‘sentar em cima’ da vantagem, pois vamos enfrentar um adversário que, mesmo fora de casa, já provou em outros momentos que reverte adversidades. Temos de saber jogar com a vantagem, mas não mudar as características do nosso jogo. A partir do momento que passamos a executá-las (marcação alta) dessa forma, tivemos salto de qualidade no jogo. Isso a gente não pode perder”, falou.

Antes da decisão, o Palmeiras realiza neste sábado (7) o último treino preparatório para o Derby, no Allianz Parque. A atividade terá presença garantida dos palmeirenses, que fizeram mutirão de troca de alimentos por ingressos. Para o treinador palestrino, a voz das arquibancadas é fundamental para mexer com o brio dos atletas, mas manterá o mistério sobre como o time atuará no clássico.

“Devemos valorizar a presença do nosso torcedor nesse momento importante. A gente deu uma condensada nesses dias para abrir o treino. Hoje vou ter de condensar de novo. Ontem tivemos penalidades e não vou poder bater no sábado, pois é visível. A bola parada consigo fazer no sábado, mas se fizer estarei entregando minha escalação. Tenho muita coisa hoje. Cansar um pouquinho mais, e amanhã fazer só um treino de reconhecimento. Toda informação que pudermos negar, pode ser decisiva. Levar uma dúvida para o princípio de jogo vale a pena em determinados momentos. Vamos trabalhar bem essa hora, hora e meia de trabalho. Vai ser bem produtiva”, analisou.

Campeão mineiro com o Atlético-MG em 2017, Roger vive sua segunda final de campeonato consecutiva como treinador. Contratado pelo Verdão neste ano, o treinador soma grandes números no comando palestrino: são 13 vitórias, dois empates e apenas três reveses em 18 partidas. Para ele, o Derby entre Palmeiras e Corinthians é um dos maiores do país graças ao histórico particular da disputa e à importância dos dois clubes para a formação do futebol brasileiro.

“O maior, de fato, depende de como a gente encara os eventos. Cada disputa tem sua história. Difícil comparar grandeza dessa forma. Agora, a questão de visibilidade acaba sendo diferente. Estamos hoje no coração econômico do país. Um estado que tem três ou quatro vezes o número de pessoas do que a maioria dos outros. Isso já torna o peso diferente. Mas cada disputa assume pesos diferentes, dependendo do contexto. Esse assumiu por quatro ou cinco elementos importantes. O tempo sem Derby em decisão, tempo sem conquista do Palmeiras, a rivalidade que tem aumentado, o grupo que o Palmeiras criou… Não dá para comparar grandezas, mas estando aqui a gente entende que as coisas são muito valorizadas por todo o mundo”, finalizou Roger.


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