compartilhar no whatsapp
compartilhar no telegram
compartilhar no facebook
compartilhar no linkedin
A relação de 50 pessoas com um robô de testes foi estudada pela Kaspersky e Universidade de Gante, na Bélgica
Robôs podem extrair informações sigilosas de pessoas que confiam neles, indica pesquisa realizada pela Kaspersky e a Universidade de Gante.
O estudo mostrou que eles podem persuadir seres humanos a executar ações inseguras.
Para a empresa de cibersegurança, o avanço da robótica traz um risco: o impacto no comportamento das pessoas.
A empresa apresentou 50 pessoas a um robô criado pela universidade belga para interagir com e sem voz.
O contexto aconteceu em um ambiente “de ataque”, em que o robô estava hackeado para influenciar ativamente as pessoas a executar ações inseguras.
No primeiro caso, o robô foi colocado perto de uma entrada restrita de um edifício e perguntou aos funcionários do prédio se poderia entrar com eles.
A área só podia ser acessada após a digitação de uma senha de segurança. Durante o experimento, nem todos os funcionários atenderam à solicitação do robô, mas 40% destravaram a porta e a mantiveram aberta para o robô entrar.
Num segundo momento, o robô foi disfarçado como um entregador de pizza, segurando uma caixa. Os funcionários se mostraram menos inclinados a questionar os motivos para acessar aquela área.
A segunda parte do estudo focou na obtenção de dados pessoais normalmente usados para redefinir senhas, como data de nascimento, marca do primeiro carro e cor favorita.
Dos 50 participantes, apenas um se recusou a compartilhar os dados com o robô.
Tony Belpaeme, professor de inteligência artificial e robótica na Universidade de Gante, disse que quanto mais humanoide for o robô, maior será sua capacidade de persuadir e convencer.
“Nossa experiência mostrou que isso pode gerar riscos significativos à segurança, o que proporciona um possível canal para ciberataques.
Por isso, é fundamental cooperarmos agora para entender todas as vulnerabilidades emergentes. Teremos a compensação no futuro”, afirmou.