Resgate do passado pode ser visto em acabamentos internos e externos

  • Entre linhas
  • Publicado em 29 de outubro de 2016 às 16:27
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:00
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

Ladrilhos hidráulicos misturam a alegria de estampas, mosaicos e cores com o requinte de trabalho artesanal

Os amantes da arte podem observar que há algo comum acontecendo com diversos movimentos: o resgate do passado nunca foi tão valorizado. As produções antigas estão ganhando uma nova roupagem e agora são casadas com opções modernas, que conquistam cada vez mais espaço na mídia, na moda e na arquitetura. Uma dessas novas tendências são os ladrilhos hidráulicos, tacos de madeira, azulejos antigos, cobogós – estruturas vazadas utilizadas na construção de paredes perfuradas que permitam a passagem de claridade e ventilação dosadas -, cimento queimado, cacos cerâmicos e pastilhas. Exemplos de elementos “das antigas”, esses materiais permanecem como boas opções para o acabamento de ambientes internos e externos. “Embora todos esses ‘veteranos’ sejam alternativas estéticas, cada um tem uma funcionalidade específica, que requer um estudo segundo o programa construtivo-decorativo de determinado ambiente. Por conta disso, é importante avaliar sempre as necessidades do espaço que irá receber cada revestimento em questão”, diz a designer de interiores Maíra Bortolato Silva.

Ela explica que dois ou mais desses materiais podem ser misturados em um único ambiente, no entanto, os cuidados com as padronagens e texturas devem ser ainda maiores, a fim de que o arranjo fique harmonioso, sem uma aparência caricata. “Por exemplo, numa cozinha, o cobogó pode ser aplicado na entrada do cômodo para proporcionar privacidade e/ou disfarçar a lateral da geladeira, enquanto o ladrilho hidráulico instalado na parede acima da bancada da pia, dá frescor à decoração”, observa Maíra.

As muitas opções

Para quem deseja dar um ar de revival em sua casa, são muitas as opções disponíveis no mercado de Franca. Uma delas é o ladrilho hidráulico. De beleza inconfundível e com estilo assumidamente retrô, ele é um revestimento para pisos e paredes de grande resistência. Desenvolvido desde o século XV, através de um processo artesanal de prensagem, que se perpetua até os dias de hoje, garante que cada partida de piso seja exclusiva, uma vez que é fabricado unitariamente.

As pastilhas de vidro ou de cerâmica também são versáteis, porque podem ser usadas em ambientes internos e externos, tanto em áreas secas, quanto molhadas. Nos projetos atuais, essas pecinhas são frequentemente aplicadas às superfícies de banheiros e cozinhas, sejam elas paredes, pisos ou mesmo barrados e bancadas. “O acabamento dá textura e brilho ao espaço e funciona como um tecido que pode ser combinado com a maioria dos revestimentos existentes no mercado”, esclarece a designer de interiores.

Outra opção são os cacos cerâmicos. Muito vistos na pavimentação de quintais nos anos 1980, eles funcionam bem na maioria dos ambientes. No entanto, por conta do resultado final se assemelhar a um mosaico, os cacos devem ser combinados a materiais menos ricos em detalhes, como o concreto, o cimento queimado e às superfícies minimalistas como as de polímeros acrílicos e minerais. “Inclusive o cimento queimado tem como ponto positivo criar uma neutralidade flexível à decoração, podendo ser aplicado em pisos, paredes e até forros de ambientes internos e externos”, observa Maíra.