compartilhar no whatsapp
compartilhar no telegram
compartilhar no facebook
compartilhar no linkedin
Há dois anos, presidente do Castelinho apelava à Câmara e à Prefeitura para salvar represa
Lendo esta matéria e remetendo a outra, publicada pelo Jornal da Franca, o leitor vai entender a tragédia que se abateu sobre a represa do Castelinho, na zona sul da cidade, que se esvaziou por conta da abertura de comportas, pela Prefeitura, e quase causou a morte de dois funcionários que tentaram salvar milhares de peixes que ficaram sobre a lama do leito do poço.
Em ofício distribuído no primeiro dia útil de janeiro de 2016 para a Prefeitura e a Câmara, a diretoria do Castelinho, rogava aos poderes constituídos – e com poder de resolução – para que a situação não se agravasse e para que a represa fosse salva.
Porém, passados 1 ano e 8 meses, nem Câmara nem Prefeitura moveram sua capacidade de resolver o problema de assoreamento da represa do Castelinho.
O fio da meada
Em matéria publicada em 12/01/2016, o JF mostrava que “O presidente da AEC- Castelinho, João Carlos de Vilhena, protocolou documento na Câmara Municipal de Franca solicitando que sejam tomadas providências pelos vereadores junto à Prefeitura, no sentido de interceder para evitar o assoreamento da represa existente na propriedade do clube.
João Carlos argumenta que loteamentos existentes nas proximidades da represa não têm feito as obras necessárias para contenção de drenagem das águas das chuvas e que isso tem prejudicado a represa. “Há ocorrência de sérios danos patrimoniais e ambientais”, diz o documento.
O presidente do Castelinho contratou ainda um profissional para elaborar um lado técnico de um engenheiro agrônomo, que apontou para o assoreamento causado por ações como movimentação de solo para nivelamento dos terrenos, quedas de barramentos dos córregos e até a dispensa de lixo doméstico no local”.
Veja aqui o documento protocolado em 07 de março de 2015
Na semana passada o evento assustador foi resultado da falta de providências dos poderes decisórios, com a agravante de uma operação montada sem a devida análise técnica por parte da Prefeitura.
Veja o que o JF publicou a respeito:
Diretoria do Castelinho diz que represa está em “situação muito grave”
Peixes mortos, nada de água e risco de enchente são a realidade da represa
Em 2016 um alerta estipulava até o prazo de dois anos para que a represa estivesse totalmente seca. Veja matéria publicada em 01 de marco do ano passado:
Segundo laudo de um engenheiro contratado pelo clube, a área poderá ser totalmente tomada por lama em um prazo de dois anos. Berçário de peixes, a região da lagoa do Castelinho também hospeda diversos tipos de aves e capivaras.
Por causa de sério risco ambiental, técnicos da prefeitura, CONDEMA (Conselho Municipal de Desenvolvimento Sustentável), SABESP e Polícia Ambiental realizaram uma vistoria no local. Eles percorreram toda a área e verificaram os estragos provocados pela água e lama que chegam. “A represa do Castelinho serve como um reservatório, mas agora está muito assoreada. É resultado da grande contribuição de material que desce dos novos empreendimentos que foram lançados aqui na região”, comentou Alex Henrique Veronez, presidente do CONDEMA.
Ainda segundo Alex, o assoreamento é um processo comum nos reservatórios, mas ele afirma que o grande número de empreendimentos que surgiu na região do Castelinho acelerou o problema. “Essa represa foi limpa em 2007 e o que estamos vendo hoje é que os novos loteamentos prejudicaram demais o processo aqui, deixando a lagoa em situação mais crítica do que naquele período que realizamos o desassoreamento”, disse.
Para o diretor do clube Matheus Rodrigues, a solução para o problema vai além do servido de dragagem. “A dragarem vai retirar o material que está no fundo, mas não adianta, vamos precisar de medidas que resolvam de vez o problema”, disse ele.
“Vamos propor soluções para os próximos loteamentos como as bacias de contensão que podem minimizar este impacto na represa do Castelinho”, finalizou Alex Henrique Veronez.