Quer um smartphone resistente? Então preste atenção nestes detalhes

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 29 de setembro de 2019 às 22:15
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:52
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É importante saber que aparelhos com visual muito atrativo tendem a ser os que mais sofrem nas quedas

Só quem já teve um celular que levou um belo tombo e viu o estrago da queda sabe a dor que isso provoca –no coração e no bolso. Para ser prevenir disso, você tem duas opções: ir atrás de um aparelho feito para resistir a danos, como os da Caterpillar, ou prestar atenção nos materiais usados na construção do seu próximo smartphone.

Como a maioria das pessoas escolhe a segunda opção, é importante saber que aparelhos com visual muito atrativo tendem a ser os que mais sofrem nas quedas.

Um exemplo são as telas grandes, que viraram quase um padrão na indústria, mas são um ponto fraco dos aparelhos.

Os fabricantes têm buscado criar smartphones mais resistentes, mas com as telas grandes e as ‘bordas infinitas’ aumenta a chances de danos, porque há uma área maior sujeita a quebras e riscos. “E o custo reparatório também é maior”, diz Danilo Martins, sócio-diretor da Yesfurbe, empresa que vende celulares usados remodelados. As bordas servem como uma proteção importante, então, se possível, evite celulares que cubram esta área, especialmente os cantos, com vidro.

Observe o revestimento.

Os aparelhos podem ser revestidos por quatro tipos de materiais: metal, plástico, vidro e cerâmica. De cara, você pode achar que o metal é a melhor opção. O alumínio é resistente e pode salvar o seu aparelho após uma queda, mas é leve e maleável.

Isso quer dizer que se deforma com bastante facilidade e tende a manter sua nova forma. “Ou seja, ele não desamassa depois de um impacto. Assim, amassados e dobras se tornam um problema”, diz Baltus Bonse, professor do Departamento de Engenharia de Materiais da FEI.

A cerâmica, além de apresentar um visual mais elegante, é mais resistente que o vidro, então leva vantagem. “Se o vidro do aparelho for de um tipo especial, como os Gorilla Glass, ele tende a ser mais resistente, mas ainda assim fica atrás das outras carcaças”, aponta Martins.

Por outro lado, tanto vidro quanto cerâmica sofrem com uma espécie de “efeito sabonete”. “Eles são escorregadios, especialmente quando são manuseados com as mãos úmidas”, ressalta Bonse. Já o plástico, o “patinho feio” dos materiais listados e cada vez mais raro no revestimento dos aparelhos, é a melhor opção para quem procura resistência.

Ele perde para o alumínio, mas ganha disparado do vidro e da cerâmica. “Você pode até quebrar o plástico, mas na maioria das vezes, se dobrar ou amassar, ele voltará a sua forma original, tornando-o menos sujeito a amassados, dobras ou quebras”, diz Bonse.

Busque proteção contra água e poeira.

Mesmo que você escolha uma carcaça com mais resistência, vale notar se o aparelho conta com vidros reforçados, como o Gorilla Glass, em outras partes, como a tela.

Outro ponto que merece atenção é a resistência a líquidos. Aparelhos com a certificação IP68 podem ficar submersos em 1,50 metro de profundidade, por até 30 minutos. “É uma boa forma de evitar que o seu smartphone encontre o triste fim após aquele fatídico mergulho na privada”, diz Martins.

Invista numa película de vidro temperado.

Pouca gente usa celular sem capinha e película na tela. Isso é fundamental para quem busca proteção. Mas saiba que existem dois tipos de películas: as sólidas e as líquidas. No caso das sólidas, ela pode ser feita de vidro temperado, gel (ou TPU) e PET. “O vidro temperado é considerado o mais resistente a danos por ter várias camadas: silicone na parte inferior, cola adesiva no meio, e um filme de PET revestindo a camada superior. A desvantagem é que essas películas tendem a ser mais grossas. E se errar a sua aplicação na tela, ao tentar removê-lo esse protetor tende a quebrar”, diz Bonse. 

Já as películas de TPU são uma boa opção para quem carrega o smartphone dentro de bolsas. “Ela protege contra riscos e é recomendada para aquelas pessoas que deixam o celular junto com chaves, moedas ou outros materiais que podem riscar o aparelho. Além disso, esse material não trinca após uma queda e pode ser usado por mais tempo”.

Escolha capas com bordas ressaltadas.

E, por fim, as polêmicas capinhas. Aqui, há modelos dos mais variados materiais, tanto rígidas quanto flexíveis. O ideal é optar por modelos resistentes (ou seja, não se guie apenas pela beleza) e que tenham bordas ressaltadas, o que adiciona uma camada extra de proteção ao diminuir as chances da tela do seu celular colidir com o chão em uma queda.


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