Quatro maiores bancos detêm 78% do mercado de crédito no Brasil

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 17 de abril de 2018 às 11:49
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:41
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Operações de crédito estão concentradas em Itaú, Bradesco, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal

Itaú-Unibanco, Bradesco, Banco
do Brasil e Caixa Econômica Federal, os quatro maiores conglomerados bancários
do país, fecharam o ano de 2017 com 78,5% do mercado de crédito e com 76,35%
dos depósitos de correntistas, informou o Banco Central nesta terça-feira, 17
de abril, por meio do Relatório de Estabilidade Financeira do segundo semestre
do ano passado.

Os números ficaram praticamente estáveis em relação aos
registrados em junho de 2017, quando essas instituições financeiras detinham
78,65% de todas as operações de crédito e 76,74% dos depósitos bancários.

Em 2007, as quatro maiores instituições financeiras
possuíam 54,6% das operações de crédito e 59,34% dos depósitos, indicador que
mostra que a concentração bancária era muito menor no país há dez anos.

Os dados foram divulgados em um momento de
questionamento da concentração de mercado e do impacto disso nos juros
bancários, que continuam em patamar elevado em relação ao resto do mundo, mesmo
em um cenário de redução da taxa básica da economia, fixada pelo Banco Central.
Atualmente, a taxa está na mínima histórica de 6,5% ao ano. 

Lucros dos bancos

No ano passado, o lucro dos maiores bancos do país voltou a
crescer, após ter recuado quase 20% em 2016.

Somados,
os ganhos das quatro maiores instituições financeiras com ações listadas na
Bovespa – Itaú Unibanco, Banco do Brasil, Bradesco e Santander – alcançaram R$
57,63 bilhões no ano passado ante R$ 50,29 bilhões em 2016, o que corresponde a
uma alta de 14,6%.

O lucro da Caixa Econômica
Federal disparou 202,6%, para R$ 12,5 bilhões.

No
relatório de estabilidade financeira, o Banco Central avaliou que a
rentabilidade dos bancos foi “fortemente beneficiada pela queda das
despesas de provisão para fazer frente às eventuais perdas” e acrescentou
que o “nível de provisionamento da carteira de crédito permanece adequado
ao seu perfil de risco”.


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