PT de Franca chegará às eleições para deputado, de novo, de forma discreta

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 7 de julho de 2018 às 08:04
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:51
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Partido, que já governou Franca, não conseguiu eleger um vereador sequer nas últimas eleições

O PT, mais uma vez, chegará a um processo eleitoral combalido em Franca. 

O partido, que chegou a governar a cidade por oito anos, com dois mandatos de Gilmar Dominici, entre os anos de 1997​ e 2004, tem visto sua relevância no cenário político local encolher a cada novo pleito.

As eleições para prefeito e vereador dão esta dimensão. Na última eleição, Gilmar Dominici participou do processo eleitoral, mas não brilhou. 

Nas pesquisas, aparecia mal colocado e, pouco antes da votação, teve sua candidatura indeferida pela Justiça.

O juiz eleitoral Luciano Franchi Leme baseou o indeferimento em condenação de Dominici no Tribunal de Justiça de São Paulo por crime contra a lei de licitações. 

Carlos Amorim, seu candidato a vice, também foi impugnado e o PT ficou sem votos nas eleições de 2016 para a Prefeitura.

Na Câmara, o cenário não é melhor. Em 2012, o partido elegeu somente Márcio do Flórida, que posteriormente deixou as fileiras do PT e migrou para o PDT. 

Mesmo assim, não conseguiu sua reeleição e seu número de votos caiu, mesmo após ele ter feito ferrenha oposição ao ex-prefeito Alexandre Ferreira (Solidariedade).

Em 2016, o desempenho foi ainda pior. Nem mesmo Gilson Pelizaro, que tem um histórico de boas votações, principalmente na zona oeste de Franca, conseguiu se eleger e o partido ficou sem representatividade alguma na Câmara. 

Individualmente, Pelizaro até cumpriu com seu papel, obteve perto de 1,9 mil votos, mas mesmo assim ficou longe de uma cadeira, até pelo desempenho ruim da chapa formada pelo Partido dos Trabalhadores em Franca.

O segundo mais votado do PT na ocasião foi Bruxellas, com 896 votos; Marcial Inácio, com 740, e Professora Rita, com 725. 

O ex-vereador e sindicalista da área calçadista, Paulo Afonso Ribeiro, é exemplo claro da perda de votos petista: obteve parcos 295 votos.

Nas próximas eleições, para deputado estadual, o partido conta com a pré-candidatura do ex-vereador e professor Marcial Inácio, que também presidiu o partido em Franca. 

Mas, mesmo com toda história e currículo, Marcial bateu discretos 740 votos na última eleição para vereador, o que não dá uma projeção favorável para um pleito de deputado.

Para federal, ainda não houve manifestação de pré-candidatos pela legenda.

Se o PT ainda tiver alguma pretensão real em Franca, talvez seja o momento da legenda repensar a forma de fazer política, mudar o combalido discurso do “golpe” e renovar quadros e dirigentes. Caso contrário, os prognósticos não são otimistas para o partido na cidade.


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