Projeto Campo Futuro analisa custos do café arábica em Franca

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 25 de maio de 2019 às 15:14
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:34
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A coleta de dados do café em Franca aponta aumento das despesas com corretivos, fertilizantes e mão de obra

​Produtores rurais, pesquisadores e técnicos participaram do levantamento dos custos de produção do café arábica, em Franca (SP) e Guaxupé (MG) e da cana-de-açúcar, em João Pessoa (PB).

O Projeto Campo Futuro é uma iniciativa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em parceria com universidades e centros de pesquisa.

De acordo com o técnico do Centro de Inteligência de Mercados da Universidade Federal de Lavras (CIM/UFLA), Matheus Mangia, os resultados prévios da coleta de dados do café em Franca apontam aumento das despesas com corretivos, fertilizantes e mão de obra em relação ao painel realizado em 2018.

“Houve redução de 4% no Custo Operacional Efetivo (COE) por saca. Os produtores informaram o uso da safra zero em 40% da propriedade modal. Com maiores valores das depreciações e pró-labore, o Custo Operacional Total superou em 5% o do ano passado”, disse.

Matheus explicou que o aumento de custo, aliado a redução no preço de venda (20%) em relação ao levantamento anterior, resultou em uma margem bruta positiva em R$ 0,12 por saca. Já a margem líquida mostrou um resultado negativo de R$ 97,92 por saca.

O produtor de café José Henrique Mendonça participou do painel e afirmou que foi uma oportunidade de conhecer os custos de produção da região e a forma de trabalho de cada cafeicultor.

“Nós trabalhamos na safra zero para aprimorar os meios de cultivo e diminuir o custo de produção por unidade de área”.


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