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Excursões para o período do feriado de Carnaval estão 11,28% mais caras do que no ano passado
Os produtos e serviços
mais consumidos no carnaval subiram, em média, 2,91% nos últimos 12 meses. Os
números foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio
Vargas (Ibre/FGV) e refletem o período entre março de 2018 e fevereiro deste
ano.
O resultado ficou abaixo
da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da FGV, que subiu
3,98% no mesmo período.
Segundo o coordenador do IPC do Ibre,
André Braz, a inflação do carnaval ficou menor que o IPC porque a economia
ainda está andando um pouco devagar: “Temos ainda um número de
desempregados bem grande, a inflação está contida e a previsão este ano é que
ela continue abaixo da meta. Então, os preços andam bem-comportados”, disse o
economista.
Para ele, um serviço ou outro
surpreende um pouco, como por exemplo, as excursões, item que subiu 11,28%.
Braz diz que o folião não vai estranhar muito os preços, mas deve ficar de olho
no que acontece durante o carnaval. “Pela lei da oferta e da procura, os
preços ficam diferenciados nesse período”.
Variações
Dos 23 itens pesquisados pelo
Ibre/FGV, o gás natural veicular (GNV) foi o que mais subiu: 16,52%, enquanto o
etanol teve deflação de 2,52%. André Braz reiterou que os desafios são
hospedagem, pedágio, revisão de carro e comida fora de casa.
De acordo com o economista, uma forma
de diminuir esse desafio é preparar pelo menos as principais refeições do dia
em casa, ou no acampamento, e deixar para gastar na rua com a cerveja e a água
mineral. “Dessa forma, dá para passar um carnaval sem estourar o orçamento.”
Conforme o levantamento do Ibre,
subiram abaixo da inflação medida pelo IPC: óleo lubrificante (1,75%), pedágio
(3,04 %), serviço de reparo em automóvel (3,74%), refeições em bares e
restaurantes (2,82%), cafezinho (2,66%) e bebidas destiladas (2,19%). As
menores variações foram observadas, porém, em cerveja (0,93 %) e hotel (0,53
%).
Além do item excursão, tiveram
resultados negativos: preservativo e lubrificante (4,99%), doces e salgados
(4,77%), café da manhã (4,59%) e sanduíches (4,29%), que subiram acima da
inflação dos produtos consumidos no período carnavalesco.