Produtor testa novo jeito de fermentação controlada dos cafés especiais

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 22 de junho de 2020 às 17:13
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:53
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

Produtor de café testa fermentação controlada com novo inoculante e expectativa é altamente positiva

Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Lavras (UFLA) promete provocar uma mudança significativa na produção de cafés especiais do Brasil. 

Ricardo Minoro Aparecido Obo, Engenheiro Agrônomo na Fazenda Quilombo, é um dos produtores que faz parte do projeto da UFLA com a Sygenta e no último final de semana fez a fermentação do primeiro lote de café. 

“A primeira impressão de quando a gente abriu os tambores foi um cheiro de algum tipo de conserva, uma cor amarronzada, achei positivo. Experimentamos alguns grãos e acredito que a qualidade vai ser uniforme e superior”, afirma.  

Segundo o produtor e engenheiro agrônomo, a forma como a fermentação é feita chama a atenção porque pode dar chance de uma maior rastreabilidade, aumentando assim as chances de repetir a qualidade na próxima safra. 

A primeira fase da pesquisa tem como protocolo ter um mínimo de 20 sacas beneficiadas por cada produtor que participa do projeto.

Na fazenda de Ricardo, neste momento, a fermentação foi feita em 50 tambores de 200 litros cada. O grão agora está em processo de secagem. Em seguida, o café deve ser encaminhado para avaliação de pontuação. 

Segundo a pesquisadora Roseane Schaw, nesta fase da pesquisa a expectativa é que seja feita em 2020 uma grande expansão das leveduras pelas fazendas do Brasil.

E que, com o resultados deste ano, sejam feitas novas análises mais sofisticadas, que têm como objetivo desenhar os perfis aromáticos de cada café, de cada uma das fazendas.


+ Agronegócios