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São Paulo, que representa cerca de 34% da indústria do país, teve sua terceira queda consecutiva
A queda de -0,3% na atividade industrial do país em julho, na comparação com junho, foi acompanhada por 8 dos 15 locais investigados pela Pesquisa Industrial Mensal Regional, divulgada hoje pelo IBGE.
São Paulo, que representa cerca de 34% da indústria do país, teve sua terceira queda consecutiva, de 1,4%, acumulando perda de 3,7% entre maio e julho, que só não foi maior devido à alta na fabricação de veículos do estado.
As quedas mais intensas foram na indústria do Amazonas (-6,2%) e em Pernambuco (-3,9%), enquanto as maiores altas foram no Rio de Janeiro (6,8%) e em Mato Grosso (5,5%).
O analista da pesquisa, Bernardo Monteiro, explica que o comportamento da indústria no período se deve a diferentes fatores.
Na indústria paulista houve, segundo ele, “disseminação de resultados negativos”, com destaque para os setores de derivados de petróleo e de fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e óticos.
“A queda da indústria paulista só não foi maior porque houve alta no setor de veículos”, diz.
No Amazonas, a queda de 6,2% foi puxada pela fabricação de bebidas, que tem participação expressiva na atividade indústria local. “Foi a pior queda da indústria amazonense desde setembro de 2018”, diz.
Já em Pernambuco, o recuo de 3,9% na atividade industrial foi causado pela atividade de outros produtos químicos, atividade que reúne diferentes produtos, desde tintas até pesticidas.
Pelo lado dos sete locais em alta, o destaque foi o Rio de Janeiro, cuja alta de 6,8%, na comparação com junho, foi puxada pela indústria extrativa de petróleo e pela atividade de refino.
“Essa alta eliminou totalmente a perda de 5,8% ocorrida na indústria fluminense no mês anterior”, explica o analista do IBGE.
Detalhes
No acumulado do ano, frente a igual período do ano anterior, a redução observada na produção nacional alcançou dez dos quinze locais pesquisados acompanharam a queda da indústria.
Destaque para Espírito Santo (-12,2%) e Minas Gerais (-4,7%), pressionados, principalmente, pelos recuos assinalados por indústrias extrativas e celulose, papel e produtos de papel (celulose), no primeiro local; e indústrias extrativas, no segundo.
Mato Grosso (-4,2%), Região Nordeste (-3,4%), Pará (-3,1%) e Bahia (-2,1%) também registraram taxas negativas abaixo da média da indústria (-1,7%), enquanto Pernambuco (-1,6%), São Paulo (-1,0%), Rio de Janeiro (-1,0%) e Amazonas (-0,6%) completaram o conjunto de locais com recuo na produção no acumulado do ano.
O acumulado dos últimos doze meses recuou 1,3% em julho de 2019, mostrando perda de ritmo frente ao mês anterior (-0,8%) e mantendo a trajetória predominantemente descendente iniciada em julho de 2018 (3,2%).
Nove dos quinze locais pesquisados mostraram taxas negativas em julho de 2019, mas treze apontaram menor dinamismo frente aos índices de junho último.
Pernambuco (de 2,5% para 0,8%), Espírito Santo (de -4,4% para -5,9%), Rio Grande do Sul (de 9,3% para 8,4%), Região Nordeste (de -0,9% para -1,8%), Pará (de 3,7% para 2,8%), Mato Grosso (de -1,9% para -2,6%), Bahia (de -0,1% para -0,6%).
Santa Catarina (de 4,6% para 4,0%) e São Paulo (de -1,7% para -2,2%) assinalaram as principais perdas entre junho e julho de 2019, enquanto Goiás (de -2,3% para -1,7%) e Ceará (de 1,9% para 2,0%) registraram os ganhos entre os dois períodos.