Problemas intestinais podem aumentar em 23% o risco de infarto

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 10 de maio de 2018 às 01:52
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:43
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O infarto ou ataque cardíaco é responsável por 25 milhões de óbitos, anualmente, em todo o mundo

O infarto ou ataque cardíaco
é responsável por 25 milhões de óbitos, anualmente, sendo uma das principais
causas de morte no mundo. Além dos fatores de riscos já conhecidos, como fumar,
obesidade e sedentarismo, um estudo feito pelo Hospital Universitário do Centro
Médico de Cleveland, nos Estados Unidos, mostra que doenças inflamatórias
intestinais (DII) podem também aumentar em 23% as chances de um infarto.

O principal causador desse aumento, segundo o
estudo, é a inflamação que ocorre em decorrência das doenças, mais conhecidas
como doença de Crohn e retocolite. Da mesma forma que atacam a região do
intestino, podem passar a atacar as artérias, o que geraria um bloqueio na
passagem sanguínea e, consequentemente, riscos altos para o coração.

De acordo com o
cirurgião cardíaco e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular,
Dr. Élcio Pires Júnior, as DII exigem também um cuidado com checkups
cardiológicos. “Com base nesse novo estudo é preciso reafirmar a
importância de acompanhamento médico também para o coração, não esquecendo a
complexidade das inflamações causada pela doença e sua influência no corpo como
um todo. Com esse cuidado é possível analisar com antecedência caso haja alguma
alteração cardiovascular e diminuir os riscos de ter um infarto”.

Sintomas de infarto

Os mais comuns são dores do lado esquerdo do peito
em forma de aperto, que podem passar para o braço esquerdo ou direito, além de
palidez, enjoo, suor frio e tontura. Eles surgem de forma gradual e duram mais
de 20 minutos. “A dor de estômago também pode ser um dos sintomas vindo com um
aperto ou queimação como se estivesse um peso em cima do paciente”, explica o
especialista.

A melhor forma de prevenção é adotar um hábito de
vida saudável, realizar o tratamento da doença de forma correta e realizar exames
periódicos para checar a saúde do coração. “A dieta é fundamental para o bom
funcionamento do corpo. Seguir uma alimentação balanceada e se manter longe do
sedentarismo sempre trará benefícios e manterá uma boa imunidade”, finaliza
Élcio.


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