Previsto para domingo, 17, vestibular da Unicamp tem teor contextualizado, atual

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 15 de novembro de 2019 às 00:38
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:01
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Diferentemente do Enem, da Fuvest e da Unesp, os testes do exame da Unicamp contêm quatro alternativas

A primeira fase da Unicamp é composta por 90 questões de múltipla escolha. 

Diferentemente do Enem, da Fuvest e da Unesp, os testes do exame da Unicamp contêm quatro alternativas, ao invés de cinco. 

Este aspecto facilita o manejo do tempo pelos candidatos. De acordo com o coordenador da Unidade Tamandaré do Anglo Vestibulares, Daniel Perry, “isso torna a prova um pouco menos cansativa, já que o tempo necessário para cada questão é reduzido”.

Separadamente, esta etapa conta com 13 questões de língua portuguesa e literatura, 13 de matemática, 9 de história, 9 de geografia, 9 de física, 9 de química, 9 de biologia, 7 de inglês e 12 perguntas interdisciplinares. 

Os conteúdos de filosofia aparecem junto com os de história e de geografia. Além disso, a disciplina de inglês é aplicada somente nesta fase.

A prova de conhecimentos gerais da Unicamp é bastante abrangente. Ela cobra somente os conteúdos mais importantes do ensino médio, sem que temas específicos se sobressaiam.

Geralmente, as são questões contextualizadas, ou seja, exigem um conhecimento mais amplo.

Como a maior parte das questões são das disciplinas de língua portuguesa e de matemática, o candidato deve atentar ao estudo dessas matérias. 

Entretanto, como todas as perguntas valem um ponto, não adianta o estudante dar prioridade para determinadas áreas durante a prova.

Segunda fase

Na segunda fase da Unicamp, as provas são aplicadas em três dias consecutivos. A duração de todas elas é de quatro horas.

Todas as questões desta etapa são dissertativas, sendo que cada disciplina conta com seis perguntas. 

Elas geralmente apresentam uma proposta em forma de texto e dois itens de resposta. Em geral, esses exercícios exigem capacidade analítica, comparativa e interpretativa.

Nesse aspecto, o estudante deve somente responder àquilo que foi pedido na questão.

“Caso o enunciado solicite duas causas, o candidato deve citar apenas duas. O fato de os vestibulandos citarem muitos elementos em uma resposta é compreendido como uma tentativa de acertar, o que não é bem visto pelo examinador”, assegura Vera Lúcia da Costa Antunes, coordenadora pedagógica do Curso Objetivo.

No primeiro dia, os candidatos passam pelas provas de português, literatura e redação. 

Já no dia seguinte enfrentam as matérias de história, geografia e matemática. Por último, realizam as disciplinas de física, química e biologia. 

Para controlar o tempo do exame, é importante que o candidato saiba que a prova de redação é composta por duas produções textuais de gêneros diferentes.

De acordo com o professor Célio Tasinafo, do cursinho Oficina do Estudante, “a capacidade de interpretação é um dos principais aspectos avaliados em todas as provas da segunda fase. 

Estudantes com hábito de leitura e capazes de estabelecer conexões entre diversos conteúdos e conceitos tendem a alcançar melhor desempenho”.

Como funciona a nota: saiba como fazer o cálculo

O cálculo da nota no vestibular da Unicamp é feito de modo padronizado. Para que isso ocorra, a instituição atribui 500 pontos à média de cada prova e 100 pontos para cada desvio.

Nota da primeira fase

A nota da primeira fase (NPF1) é calculada a partir da seguinte fórmula:

NPF1 = (N – M) x 100 / DP + 500, onde

N = a nota da prova de conhecimentos gerais;

M = a média de N dos candidatos presentes na 1ª fase, sendo que M será arredondada para o resultado mais próximo da multiplicação de um inteiro por 0,5;

DP = o desvio padrão de N dos candidatos presentes na 1ª fase, sendo que DP será arredondado para o resultado mais próximo da multiplicação de um inteiro por 0,5.

A nota padronizada da primeira fase é arredondada para o resultado mais próximo da multiplicação de um inteiro por 0,1.

Nota da segunda fase

A nota da segunda fase é dada pela seguinte fórmula:

NP = (N – M) x 100 / DP + 500, onde

N = a nota bruta obtida pelo candidato na prova de redação (soma das notas dos dois textos);

M = a média da prova de redação entre todos os candidatos que a fizeram e obtiveram nota maior do que zero, sendo que M será arredondada para o resultado mais próximo da multiplicação de um inteiro por 0,5;

DP = o desvio padrão da distribuição de notas da prova de redação entre todos os candidatos que a fizeram e obtiveram nota maior do que zero. DP será arredondado para o resultado mais próximo da multiplicação de um inteiro por 0,5.

A nota padronizada da segunda fase também é arredondada para o resultado mais próximo da multiplicação de um inteiro por 0,1.

Resultado final

Para o resultado final, a Unicamp conta com duas notas: a Nota Mínima de Opção (NMO) e a Nota Padronizada de Opção (NPO).

Nota Mínima de Opção (NMO)

Cada curso tem até duas provas consideradas prioritárias. A cada uma delas é atribuído o peso a ser utilizado no cálculo da NPO e da NMO.

Nota Padronizada de Opção (NPO)

A classificação dos candidatos, em cada curso escolhido, é definida a partir da NPO. A NPO é calculada pela média ponderada das notas padronizadas (NP) dos candidatos nas provas.

NPO = 0,30 NFI + 0,20 NR + 0,50 NF2, onde

NFI = a nota final da primeira fase

NR = a nota padronizada da prova de Redação

NF2 = a nota das questões dissertativas da segunda fase, dada pela média ponderada das provas de língua portuguesa e literatura, matemática, história, geografia, física, química, ciências biológicas e habilidades específicas.

A nota padronizada NPO será arredondada para o resultado mais próximo da multiplicação de um inteiro por 0,1.

Assim, a NF2 é calculada da seguinte maneira:

–

N = notas nas provas

P = pesos​


Provas

Prova da primeira fase: 17 de novembro (domingo), das 13h às 18h (abertura dos portões às 12h)
Provas da segunda fase: 12 e 13 de janeiro (domingo e segunda) das 13h às 17h (abertura dos portões às 12h)
Provas de habilidades específicas (Música Etapa I): 9 a 16 de setembro (segunda, terça, quarta, quinta, sexta, sábado, domingo e segunda-feira)
Provas de habilidades específicas (Música Etapa II): 13 e 14 de outubro (domingo e segunda-feira)
Provas de habilidades específicas (Arquitetura e Urbanismo, Artes Cênicas, Artes Visuais e Dança): 20 a 24 de janeiro (segunda, terça, quarta, quinta e sexta-feira)

Resultados

Lista de aprovados na primeira fase: 09 de dezembro (segunda-feira)
Notas da primeira fase: 19 de dezembro (quinta-feira)
Notas da segunda fase: 13 de fevereiro (quinta-feira)
Classificação geral: 13 de fevereiro (quinta-feira)

Chamadas e matrículas

Primeira chamada (matrícula não presencial): 10 de fevereiro (segunda-feira)
Matrícula da primeira chamada: 11 de fevereiro (terça-feira)
Segunda chamada (matrícula presencial): 13 de fevereiro (quinta-feira)
Matrícula da segunda chamada: 14 de fevereiro (sexta-feira)
Terceira chamada (matrícula presencial): 18 de fevereiro (terça-feira)
Matrícula da terceira chamada: 19 de fevereiro (quarta-feira)

Novas formas de ingresso

A partir do vestibular 2019, a Unicamp acrescentou outras formas de ingresso para os cursos de graduação, como o vestibular indígena, as vagas das cotas étnico raciais e as vagas para ingresso via Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), além das Vagas Olímpicas

O vestibular indígena 2020 será aplicado nas seguintes cidades: Bauru (SP), Campinas (SP), Caruaru (PE), Dourados (MS), São Gabriel da Cachoeira (AM) e Tabatinga (AM).

Materiais permitidos e proibidos nos dias de prova

Material obrigatório

  • original do documento de identidade indicado na inscrição;
  • caneta de cor preta em material transparente;
  • lápis preto;
  • borracha.

*No primeiro dia da segunda fase, os candidatos deverão levar uma foto 3×4 recente, com nome e número de inscrição anotados no verso.

Material permitido

  • régua transparente;
  • compasso;água;
  • refrigerante;
  • suco;
  • doces;
  • balas.

*Os candidatos podem usar relógio para controlar o tempo, desde que estes objetos permanecerem no chão, ao lado da carteira

Material proibido

  • aparelhos celulares ou quaisquer outros equipamentos eletrônicos;
  • relógios digitais;
  • corretivo líquido;
  • lapiseira;
  • caneta marca-texto;
  • bandana/lenço;
  • boné;
  • chapéu.
  • Dica
  • – Na primeira fase, o vestibulando deve resolver questões contextualizadas e verificar como o conteúdo de é explorado a partir de situações do cotidiano e de problemas atuais, como química na culinária, poluição, limpeza de tecidos e mudanças climáticas.– Já na segunda, a prova exige que o candidato apresente uma linguagem mais científica, cobrando equações, figuras e gráficos. 
  • Os itens a e b de cada questão procuram ser independentes, para contemplar o máximo possível do programa de Química. 
  • As questões são contextualizadas e, em algumas delas, as informações disponibilizadas no próprio enunciado constituem a resolução do item.
  • A Unicamp cobra duas propostas de texto na segunda fase do exame, valendo 20% da nota final

    Bem diferente das provas da Fuvest, da Unesp e do Enem, a redação da Unicamp é aplicada na segunda fase do vestibular e possui dois temas, que devem ser desenvolvidos no mesmo dia.
  • Cada texto vale 24 pontos, totalizando 48, sendo que ambos constituem 20% da nota final.
  • De acordo com Simone F. G. Motta, do Etapa, “as redações solicitadas pela instituição, geralmente, pertencem ao universo do próprio estudante, por isso trabalham com gêneros encontrados no cotidiano, como cartas (do leitor e ao leitor), editorial, verbetes, resumos e diferentes tipos de narração”. Ana Paula Dibbern, do cursinho Maximize, ainda afirma que “nas últimas cinco provas (em dez propostas), o gênero carta foi cobrado quatro vezes, mas cada uma tinha um propósito e um interlocutor diferente. Portanto, refazer os temas de redação já aplicados é uma forma de preparação bastante eficiente. Também é importante ler as expectativas da banca, arquivo em que a própria Unicamp apresenta as suas expectativas quanto aos temas propostos.
  • Apareceram também os seguintes gêneros, cada um uma única vez: Resumo, relatório, resenha, síntese, texto de divulgação científica e texto de apresentação”.
  • Assim, a leitura de muitos textos, em várias plataformas, é uma boa forma de se preparar para esta prova, para que o estudante apreenda diferentes tipos de linguagens e gêneros.

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