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Pedido inicial é alto, de R$ 6,43, e “rejeitado” por Gilson; novo valor da tarifa deve ficar em R$ 4,40
Todo ano é o mesmo roteiro. Em junho, um mês antes do reajuste contratual da tarifa do transporte coletivo, a Empresa São José propõe um valor estratosférico, que é “rejeitado” pelo prefeito Gilson de Souza (DEM).
A alegação da empresa, todo ano, é que está trabalhando no vermelho e que os combustíveis foram reajustados, assim como os salários dos funcionários.
Mas este ano, com menos funcionários – demitiu vários cobradores -, uma reposição salarial pífia atrelada à inflação de 1,81% e a redução do preço do diesel em razão da greve dos caminhoneiros, o que justifica um pedido tão irreal de tarifa neste patamar?
Simples. O “jogo de cena” que é feito anualmente para que o prefeito saia da história como defensor da população, que veementemente negou o reajuste elevado proposto pela São José e negociou valores menores.
No ano passado, foi assim. A São José pediu R$ 6,6 para aprovar os atuais R$ 4,10, com aval de Gilson de Souza, uma das tarifas mais altas do Brasil, incluindo-se aí capitais como São Paulo e Rio de Janeiro.
Agora, não será diferente. Nos bastidores, é dito que o valor real da tarifa pretendido pela São José e que poderá ser aceito pela Prefeitura, será próximo de R$ 4,40, o que manterá a cidade no nada honroso patamar de ter um dos transportes públicos mais caros do país.
Certamente, este valor não será atraente aos usuários que já consideram o valor atual, R$ 4,10, nada popular. Soma-se ao certeiro desgaste político do prefeito a promessa não cumprida de ônibus a R$ 1 durante o fim de semana feita na campanha e colocada parcialmente em prática por apenas seis meses e só aos domingos.