compartilhar no whatsapp
compartilhar no telegram
compartilhar no facebook
compartilhar no linkedin
Concurso público para preenchimento de 176 vagas teve 12.090 inscritos
Candidatos de um concurso público realizado no domingo (2) em Batatais (SP) acusam a empresa responsável pelas provas de plagiar questões de um teste aplicado pela Marinha, em 2015.
Ainda segundo eles, conteúdos que não estavam previstos no edital foram cobrados e outros exercícios estavam ilegíveis.
Procurado, o Instituto Nacional de Desenvolvimento Educacional e Capacitação (Indec) informou que tomou conhecimento das reclamações e que elas serão apuradas.
A Prefeitura vai abrir uma sindicância para apurar as denúncias e aqueles que se sentiram prejudicados podem formalizar as queixas para a investigação. Se ficar comprovado que houve irregularidades, o concurso poderá ser cancelado.
Ao todo, 12.090 candidatos se inscreveram para o concurso provido pela Prefeitura de Batatais. Foram oferecidas 176 vagas para cargos de níveis fundamental, médio e superior, e cadastro de reserva. Os salários variam entre R$ 1.362 e R$ 7.119.
Após as provas, os candidatos da área de odontologia denunciaram que algumas questões foram as mesmas aplicadas no concurso da Marinha, há três anos. A EPTV, afiliada da TV Globo, teve acesso ao teste e identificou que elas são exatamente iguais.
“Estamos levantando as provas, principalmente essa do ano de 2015 para registrar um boletim de ocorrência e tomar medidas administrativas ou judiciais cabíveis. Teve problemas sim”, afirma o advogado Vinícius Bérgamo Silva.
A EPTV também teve acesso ao contrato firmado entre a Prefeitura de Batatais e o Indec para a elaboração e a organização do concurso público. Foram gastos R$ 70 mil por dispensa de licitação na contratação dos serviços.
Investigação
Procurado, o prefeito de Batatais, José Luis Romagnoli (PSB), disse que vai investigar as denúncias feitas pelos candidatos. Ainda segundo o chefe do Executivo, não houve necessidade da escolha da empresa responsável por meio de licitação.
“Isso é um processo feito pela comissão de licitação que houve por bem, mediante um processo administrativo, contratar uma empresa especializada na questão de concurso. O processo pode ser por dispensa e não há nenhum problema.”
O Indec informou que soube das reclamações por meio das redes sociais e que elas se restringem aos conteúdos de provas aplicadas para dois cargos. A comissão organizadora apura as queixas e os candidatos participantes deverão aguardar novas comunicações que serão divulgadas no site da empresa.