Prefeitos de Minas Gerais se queixam da dívida do Estado com os municípios

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 20 de junho de 2018 às 16:48
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:49
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Painel no evento indica o débito do governo estadual com cada uma das prefeituras

A dívida do Estado com os municípios mineiros tem sido o principal tema entre os prefeitos que participa do Congresso da Associação Mineira dos Municípios (AMM), nesta terça-feira, em Belo Horizonte. A organização do evento disponibilizou um espaço com telão interativo indicando o atraso de cada repasse estadual que não foi feito a cada cidade. 

A situação não é diferente nos municípios da região mineira próxima a Franca (sul-sudeste mineiros) como em Cássia, Passos, Ibiraci e Delfinópolis, na região mineira próxima Franca serão atingidas populações de cidades como Delta, Conquista, Sacramento, Claraval, São Tomás de Aquino, Paraíso, São João Batista do Glória, Capetinga, Pratápolis, Itaú, São José da Barra, Monte Santo e Itamogi, entre outras.

Segundo Denilson Teixeira (MDB), prefeito de Arcos, na região Oeste do Estado, a dívida tem prejudicado e quase inviabilizado os trabalhos nas prefeituras. “Arcos nunca passou por uma crise dessa. A gente espera que o governador se sensibilize e zere esta conta até o dia 7”, diz. 

Arcos, de acordo com o emedebista, tem uma quantia de mais de R$ 7 milhões a receber do governo de Minas. “Para atender a população, precisamos destes recursos. Queremos melhorar a vida da população, mas para isso precisamos dos recursos”, conta. 

No “Painel da Dívida”, cada prefeito ou vereador pode solicitar que a quantia devida pelo Estado seja disponibilizado e exibido no telão. O prefeito da cidade de Astolfo Dutra, na Zona da Mata, Bruno Ribeiro (PSDB), conta que a situação é constrangedora por conta da pressão da população na rua.

“A população, com razão, nos cobra diariamente por obras e melhorias. Está no direito e dever dela, e é uma coisa constrangedora por que não temos recursos para disponibilizar essas melhorias. O Estado precisa nos pagar”, contou o tucano.
Só para Astolfo Dutra, o Estado deve quase R$ 3 milhões em repasses.


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