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Para dar credibilidade à proposta, Gilson de Souza deveria provar viabilidade do projeto
Em uma agilidade surpreendente, o prefeito Gilson de Souza (DEM) foi a São Paulo, na semana passada, e protocolou pedido de autorização, no Conselho Estadual de Educação, para criar uma faculdade pública municipal, totalmente gratuita, em Franca.
Estava acompanhado dos secretários de Educação, Edgar Ajax, e Adriel Cunha, de Assuntos Estratégicos. Afirmou que serão inicialmente quatro cursos: pedagogia, educação física, administração e contabilidade. Tudo de graça.
Esta semana, um novo anúncio. Em reunião no mesmo conselho, já saiu a autorização para que a Prefeitura inicie os trâmites para dar início à faculdade, cujas aulas são projetadas para iniciar em 2020, quando Gilson poderá tentar a reeleição ao cargo de prefeito.
A iniciativa é interessante e válida. Impensável que alguém se coloque contrário à oferta de ensino universitário “de excelência”, como definiu o governo, e gratuito à população. Ocorre que, para obter credibilidade e provar que não passa de mais uma bravata, seriam necessários mais detalhes.
A impressão que se passa é que o curso será presencial, onde os custos são muito superiores que as formações a distância. É necessário que o governo explique quanto vai custar, com que recursos viabilizará a oferta dos cursos, quem serão os professores, se haverá dinheiro nos cofres públicos para contratá-los e pagá-los, como o trâmite burocrático será cumprido para que os cursos já possam ser oferecidos em pouco mais de um ano, e por aí seguem-se outras dúvidas.
Tanto questionamento se justifica, assim como o termo “bravata”, utilizado acima. As promessas do prefeito Gilson de Souza ainda não cumpridas, feitas durante a campanha, não são poucas. E a credibilidade de tudo que ele propões resvala no não cumprimento das mesmas, aliado ao fato de Gilson nem tocar mais no assunto.
Só para ficar em alguns exemplos de promessas não cumpridas, há o hospital de clínicas, o hospital veterinário, cesta básica de materiais para construção, entre dezenas de outros compromissos ainda não cumpridos na atual administração.