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​​Representantes de Delfinópolis e São João Batista do Glória, acompanhados pelas prefeitas Suely Alves Ferreira Lemos e Aparecida Nilva dos Santos, foram até o ministro do meio ambiente, Ricardo Salles, em Brasília, para pleitear solução à delimitação do Parque Nacional da Serra da Canastra (PNSC). 

Essa é uma situação indefinida com uma briga judicial que dura mais de 40 anos. 

A reunião aconteceu na última quarta-feira, 30 de setembro, e foi agendada com o apoio da deputada Greyce Elias. 

Com as prefeitas estavam Paulo Soares, representando os Bananicultores e demais produtores rurais da região; além de Ana Trindade, representando o grupo Canastra Livre. 

O grupo também encontrou com o presidente Bolsonaro, a quem a prefeita já havia destinado pedidos para o asfaltamento da Rodovia BR-464 e da construção da ponte onde hoje é feito o transporte por balsas.

Suely Lemos afirmou ao Ministro que o Parque Nacional da Serra da Canastra foi criado por meio do Decreto nº 70.355/1972 com uma área inicial estimada em cerca de 200mil hectares, mas efetivamente regularizados somente 71.525 hectares.

No entanto, a autarquia federal responsável pela administração do parque, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), desde de meados de 2005, estaria estendendo o raio de atuação para além de 71.525 hectares.

“Nosso município, hoje, vive uma insegurança jurídica, o que impede investimento de particulares na área da agropecuária, turismo, e até mesmo na expansão da nossa cidade, pois a área de amortecimento do parque praticamente engloba a cidade inteira”. 

“Assim, contamos com apoio do ministro do meio ambiente para atender nossa demanda, e para que juntos possamos resolver tal conflito de forma definitiva”, esclareceu Suely.

Desta forma, com apoio de Greyce Elias, foi solicitada a caducidade do decreto que permite a expansão para além dos 71.525 hectares do Parque Nacional, bem como o reconhecimento imediato de sua revogação. 

Ainda foi pleiteado que seja afastada a incidência do chamado “Plano de Manejo do Parque Nacional” de todas as terras particulares afetadas, bem como de todo o perímetro urbano do município de Delfinópolis.

Também foi pedida autorização aos proprietários de terra para que executem atividades econômicas em suas propriedades rurais, desde que sujeitos as normas administrativas e legais gerais quanto a atividades de impacto ambiental relevante e, por último, requereu-se providências urgentes para combater o incêndio no Parque Nacional da Serra da Canastra, bem como, posteriormente, o desenvolvimento de um plano de prevenção aos incêndios.

​Bolsonaro​

Na mesma oportunidade, a convite da Deputada Greyce Elias, o grupo esteve em um evento no Palácio do Planalto onde estava também o presidente Jair Messias Bolsonaro e a esposa dele, Michele Bolsonaro. 

A prefeita Suely Lemos lembrou que fez solicitação ao presidente, por meio de ofício, para o asfaltamento da Rodovia BR-464, que liga Delfinópolis a São João Batista do Glória, uma grande necessidade da cidade, para facilitar o escoamento da produção e melhoria no acesso ao município.

A prefeita também encaminhou cópia do projeto para execução da ponte sob o reservatório da Usina Hidrelétrica Mascarenhas de Moraes, onde hoje o transporte é feito por Balsa. A ponte resolve outro grande problema de acesso à cidade. 

Sendo uma das principais rotas para chegar ao território delfinopolitano, a ponte deve facilitar, além da locomoção dos próprios moradores, o aumento do fluxo turístico, e o escoamento da produção agropecuária da cidade, uma vez que Delfinópolis é o segundo maior produtor de banana prata do Estado de Minas Gerais e o primeiro produtor de soja do sudoeste mineiro, com produção anual estimada em R$ 200.450.000,00.

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