Políticas de internet banda larga vão priorizar mais pobres, afirma secretário

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 9 de junho de 2017 às 08:25
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:13
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Dados mostram que dos 68 milhões de domicílios do País, 42% não têm acesso à internet

O secretário de Telecomunicações do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), André Borges, afirmou nesta terça-feira (6) que as políticas de universalização da banda larga do governo federal vão priorizar as camadas mais pobres da população.

“No fundo, a conectividade tem que ser levada a todos. Para um determinado público, a política vai requerer mais recursos além da conexão, como um incentivo ao consumo e uma melhor formação para as pessoas fazerem uso dessa infraestrutura”, afirmou durante  o workshop Subsídios à Formulação da Estratégia de Universalização do Acesso à Internet.

Um estudo apresentado pelo Ipea avaliou o impacto de diferentes cenários de investimentos na ampliação das redes de fibras ópticas nos municípios. Foi levada em conta a possibilidade de priorizar os aportes considerando fatores como o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), população, nível de renda e o potencial de mercado para o serviço de banda larga nas cidades.

De acordo com o secretário, “o foco do ministério vai ser, num primeiro momento, levar a conectividade para o maior número de pessoas e que estejam prontas a usar essa tecnologia de forma a evitar desperdícios”.

Dados apresentados no workshop mostram que 2.245 cidades brasileiras não contam ainda com redes de fibras ópticas. Além disso, dos 68 milhões de domicílios do País, 42% não possuem acesso à internet. Segundo o Ipea, o potencial de acesso, se a banda larga já estivesse disponível em todas as cidades, seria de 45 milhões de casas, um acréscimo de 6 milhões.


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