Pessoas que usam óculos são mais inteligentes, afirma estudo escocês

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 31 de maio de 2018 às 01:08
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:46
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Existe uma conexão genética entre ser inteligente e usar óculos – e pessoa inteligentes são mais saudáveis

Existe uma conexão genética entre ser inteligente e
usar óculos, segundo afirma novo estudo publicado na revista Nature
Communications. Os pesquisadores da Universidade de Edimburgo, na Escócia,
também descobriram que pessoas mais inteligentes geralmente são mais
saudáveis. Além disso, a pesquisa indica que a função cognitiva também pode
afetar a saúde cardíaca e mental.

Inteligência
e visão

A pesquisa, que contou com a
participação de cientistas de diversas partes do mundo, analisou as informações
genéticas e cognitivas de mais de 300.480 pessoas para verificar se havia
conexão entre genes associados à inteligência e os relacionados à saúde. Os
cientistas avaliaram 148 regiões genômicas relacionadas à uma melhor função
cognitiva; 58 delas foram identificadas pela primeira vez durante o
estudo.

Os resultados
mostraram que existe de fato correlações genéticas entre a função
cognitiva geral (memória, raciocínio, percepção, atenção, entre outras) e uma
série de problemas de saúde.

Segundo as descobertas, pessoas com problemas de
visão e utilizam óculos (ou lentes de contato) tendem a ser mais inteligentes;
já para indivíduos com boa visão foi encontrada uma correlação negativa com a
inteligência. “Este estudo, o maior estudo genético da função cognitiva,
identificou muitas diferenças genéticas que contribuem para a hereditariedade
das habilidades de raciocínio”, disse o líder do estudo Gail Davis, do Centro
de Epidemiologia Cognitiva da Universidade de Edimburgo, ao The Telegraph.

Função cognitiva e saúde

Os cientistas notaram também que uma cognição baixa
pode trazer problemas cardíacos (ataque cardíaco e angina), assim como provocar
câncer de pulmão, pressão alta e osteoartrite, doença
caracterizada pela degeneração das cartilagens dos ossos. No entanto, pessoas
com melhor função cognitiva são menos propensas a sofrer de depressão.

Entretanto, eles alertam para o fato de que os
resultados são apenas correlações, portanto, independente do grupo de função
cognitiva que os indivíduos façam parte, isso não significa, necessariamente,
que eles tenham maiores ou menores riscos de apresentar estas doenças.

Outro fator relacionado
à inteligência indica que pessoas inteligentes costumam ser mais saudáveis,
especialmente porque, por serem mais instruídas, elas têm melhores empregos, e
por isso é mais provável que tenham para garantir dietas mais saudáveis e
variadas e melhores cuidados com a saúde. “A descoberta de efeitos
genéticos compartilhados sobre os resultados de saúde e estrutura cerebral
fornece uma base para explorar os mecanismos pelos quais essas diferenças
influenciam as habilidades de pensamento ao longo da vida”, declarou Davis.


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