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​Ser mãe não é fácil. Além de conciliar a vida profissional com os afazeres domésticos, quando se tem filhos, a jornada fica ainda mais exaustiva ainda. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), as mulheres trabalham pelo menos oito horas a mais por semana, cuidando da casa e dos familiares, do que os homens. Na nossa sociedade, as responsabilidades não são bem divididas e toda essa carga acaba nas costas delas.

“A mulher faz tudo na casa e o homem realiza apenas pequenos reparos. É basicamente isso”, resumiu Alessandra Brito, analista da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE. “Há uma diferença grande entre os sexos. As únicas atividades que eles desempenham mais é consertar um chuveiro, trocar uma torneira, os consertos no domicílio”, explicou a analista.

Segundo uma pesquisa encomendada pela empresa americana Welch’s, o expediente total das mais de duas mil mães que colaboraram para o estudo é de, em média, 98 horas por semana. Um emprego de oito horas, cinco vezes por semana, ocupa 40 horas. As mulheres entrevistadas têm filhos entre 5 e 12 anos, já um pouco independentes. No entanto, mesmo assim, elas ficam com apenas uma hora por dia para cuidar de si.

Com a rotina pesada, as mães não descansam e costumam sacrificar hobbies e atividades importantes que ajudariam a relaxar e a preservar a saúde mental.

Todo esse esforço e sobrecarga pode trazer problemas no futuro. Um estudo feito pela Universidade de Turim, na Itália, entrevistou 105 mil mulheres do país e comparou a quantidade de filhos com o grupo de incidência de doenças cardíacas.

Conclusão: a mulher que trabalha fora tem 18% mais chances de ter um problema no coração a cada filho. Em contrapartida, se a criança for menina, o risco não é tão alto. Elas acabam ajudando a mãe em casa e dividindo as tarefas domésticas.

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