Permanência ou saída de Virgílio da secretaria será decidida nesta segunda

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 19 de junho de 2017 às 06:31
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:14
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Secretário recomendou que vereadores votem contra projeto que beneficia empreiteiras

Deverá
ser decidido na manhã desta segunda-feira, pelo prefeito Gilson de Souza (DEM),
se o secretário de Desenvolvimento Urbano de Franca, Virgílio Reis, permanece
no cargo ou se é exonerado. Existe ainda a possibilidade do próprio secretário
entregar o cargo ao prefeito.

​O mal estar de Virgílio com a administração começou na audiência
pública realizada na última quarta-feira para debater com a população mudanças
na legislação que rege o parcelamento de solo em Franca. O encontro foi um
desastre e poderá desencadear consequências graves para o governo municipal.

Logo
no início da reunião, o secretário de Planejamento Urbano, Virgílio Reis,
mostrou que algo o incomodava. Ele afirmou que iria “tentar explicar o
projeto” aos presentes, entre eles, os vereadores Adermis Marini (PSDB),
Kaká (PSDB), Cristina Vitorino (PRB), Della Motta (PTN), Carlinho Petrópolis
(PMDB) e Ilton Ferreira (DEM), líder do governo na Câmara dos Vereadores.

De
pronto, foi questionado por Adermis. “Como assim, o senhor vai tentar? Aí
ele próprio afirmou que não tinha convicção e que sua orientação é de que os
vereadores votem contra o projeto”, disse o tucano.

A
situação então se agravou: Adermis falou que ia se retirar, quando foi
interpelado por duas pessoas que passaram a defender o projeto. “Eles não
haviam se identificado e passaram a defender que o projeto deveria ser
aprovado. Passaram a explicar o projeto. Perguntamos quem eram eles e disseram
ser da Construtora Pacaembu. Ou seja, o governo teria de explicar o projeto e
quem fez isso foi uma construtora interessada na aprovação”, disparou o
vereador, que deve articular, já na sessão de terça-feira, a abertura de uma
investigação contra o prefeito.

Desde o episódio, nem Virgílio, nem Gilson, se manifestaram. Somente
Marcelo Tidy, um dos mais próximos apoiadores de Gilson, afirmou que o prefeito
não havia reprimido a atitude do secretário. “O
prefeito em nenhum momento repreendeu o secretário Virgílio, que é uma pessoa
muito competente e comprometida com a verdade”, afirmou Tidy.


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