Parlamentares devem criar grupo para estudar adiamento das eleições

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 18 de maio de 2020 às 21:43
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:44
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Apesar da resistência em se tratar do tema no início da crise, prolongamento da pandemia mudou a postura

Com o avanço da pandemia da covid-19 no Brasil, Câmara e Senado devem tentar adiar o calendário das eleições municipais deste ano, marcadas para outubro deste ano.

Apesar da resistência de políticos em se tratar do tema no início da crise, o prolongamento da pandemia levou a uma mudança de postura. 

Em reunião com líderes da Câmara nesta segunda-feira (18), o presidente da Casa, Rodrigo Maia, afirmou que irá criar um grupo de trabalho, com deputados e senadores, para estudar a mudança de calendário.

“Câmara e Senado devem criar grupo para estudar adiamento de eleições”, afirmou o líder do Cidadania, Arnaldo Jardim (SP). 

Segundo ele, tudo indicada que o calendário terá problemas, porque além das datas das votações, partidos e candidatos precisam cumprir exigências e eventos antes de outubro.

“Não vamos prorrogar mandatos. A ideia é jogar data para frente. Maia vai conversar com o ministro Luís Roberto Barroso”, disse Jardim. Barroso assume a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na segunda-feira, 25.

Uma das propostas que já circula entre os parlamentares é adiar o primeiro turno para o dia 15 de novembro e deixar o segundo turno para o início de dezembro. 

“Devemos criar o grupo de trabalho, nada foi decidido ainda”, afirmou o líder do PSB, Alessandro Molon (RJ).

Em março, Maia não admitia ainda debater esse adiamento. “A discussão de adiar as eleições é uma discussão completamente equivocada. Nestes próximos meses, o foco do Poder Executivo, do Parlamento e do Judiciário deverá ser o enfrentamento a essa crise, com os Três Poderes trabalhando de forma unida”, declarou o deputado na época.


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