Para futuro presidente do TSE, eleições municipais não devem ser aglutinadas

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 3 de maio de 2020 às 23:18
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:41
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Para ministro do STF, há problema democrático em aglutinamento de eleições municipais às presidenciais

​O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso afirmou ser “totalmente contra” o aglutinamento das eleições municipais às eleições gerais de 2022 em razão do avanço da pandemia do novo coronavírus no Brasil. 

Ele destacou que os representantes do último pleito municipal foram eleitos para um mandato de quatro anos, e não seis. “Há um problema democrático”, pontua.

Além disso, os eleitores também seriam prejudicados pela maior complexidade do pleito, que teria a escolha de sete candidatos diferentes. 

“É muita informação ao mesmo tempo e com a quantidade de partidos e candidatos que temos, você compromete a qualidade do voto e a capacidade do eleitor de fazer uma escolha consciente”, destaca.

Outro risco ressaltado por Barroso seria a mistura das pautas das esferas de poder, no que ele chamou de “municipalização da eleição nacional” e “nacionalização da eleição municipal”.

Barroso ressalta, porém, que o País não deve descartar o adiamento das eleições municipais do primeiro domingo de outubro para novembro ou dezembro. 

“Se não houver condições de realizá-las em segurança absoluta, acho que nós corremos o risco de termos que adiar as eleições”, afirmou.

Ele afirma que a decisão deve ser pautada por parâmetros sanitários e não políticos, apesar de demandar aprovação do Congresso Nacional. 

“Por minha vontade, nada seria modificado porque as eleições são um rito vital para a democracia, porém, há um risco real”, avaliou.


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