Pandemia do coronavírus impacta na venda de ovos de Páscoa: Franca já sente

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  • Publicado em 2 de abril de 2020 às 22:23
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:33
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Média de retrocesso nas vendas é de 8,2%, segundo levantamento da Associação Paulista de Supermercados

As vendas de chocolates e ovos de Páscoa em Franca e no restante do país devem apresentar queda em comparação com o ano passado e em relação ao crescimento que havia sido projetado antes da crise do Coronavírus.

Antes, o crescimento estimado para as vendas no estado de São Paulo era de 2,2%, mas agora a expectativa é de queda de 8,5%.

Para a Grande SP, a projeção negativa é de 10,5%. Já no interior do estado, a média de retrocesso nas vendas é de 8,2%.

A projeção é baseada em itens com vendas típicas para esta época do ano, e inclui bombons, ovos, barras e tabletes de chocolate, refrigerantes, cerveja, vinho e peixes.

O principal motivo é o contexto econômico atual, onde famílias voltaram seus gastos para produtos básicos, higiene e limpeza.

Veja gráfico abaixo.

E a baixa procura de ovos de Páscoa não se restringe aos supermercados. Em Franca, pessoas que aproveitam a data para ganhar uma renda extra sentem na pele as dificuldades vindas da pandemia do covid-19.

É que o risco de contágio cresceu bem nas semanas que antecedem a Páscoa, considerado o segundo melhor feriado para o varejo alimentar, de acordo com dados da Apas (Associação Paulista de Supermercados).

A Páscoa neste ano será comemorada no segundo domingo de abril, dia 12.

A produção de chocolates caseiros nesta época do ano tem crescido por ser uma opção de renda quase garantida. “Chegava a faturar R$ 4 mil durante as semanas que antecedem o feriado, mas este ano, nem parece que existe Páscoa. A procura está muito baixa”, diz Rosângela Azevedo, que produz ovos de chocolate há cinco anos.

Um fator que afeta em especial a produção de chocolates caseiros é a natureza do combate ao vírus: o isolamento social.

Boa parte das vendedoras depende da divulgação boca a boca, feita por amigos e familiares, nas empresas em que trabalham. Para essa atividade, o trabalho remoto não ajuda em nada.

Também passou a ser um desafio conseguir os ingredientes. Desde a última terça-feira, 24, os estabelecimentos comerciais não essenciais no estado de São Paulo estão fechados por decreto do governador João Doria.

Apesar disso, em Franca algumas empresas insistem em funcionar de forma remota, com o sistema delivery. Mesmo assim, ficou mais difícil comprar insumos como embalagens e formas, vitais para o acabamento dos produtos para a Páscoa.

Mesmo assim, a expectativa de supermercadistas e pequenos produtores é que na próxima semana as vendas se aqueçam, o que diminuiria os prejuízos previstos para o período.

*Com Folha


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