Os 5 melhores exercícios físicos segundo Harvard (e nenhum deles é correr)

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 12 de fevereiro de 2020 às 17:56
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:22
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Cinco exercícios que trazem benefícios que vão desde a perda de peso, ganho de músculos e proteção ao coração

Se você acha que correr uma maratona é a maneira mais simples de ficar sempre em forma, está enganado. 

Pelo menos é o que dizem os estudiosos de Harvard, segundo os quais, para perder peso, aumentar a massa muscular, proteger o coração e o cérebro e fortalecer os ossos, há atividades físicas melhores do que essa.

I-Min Lee, professora de Medicina e Epidemiologia da Faculdade de Medicina de Harvard (EUA), afirma que correr longas distâncias não faz bem para as articulações nem para o sistema digestivo. 

Sua proposta de atividades esportivas inclui outros cinco exercícios que trazem benefícios que vão desde a perda de peso até o ganho de músculos, proteção do coração e fortalecimento dos ossos.


1. Tai chi

Uma arte marcial chinesa que combina uma série de movimentos delicados e fluidos para criar uma espécie de meditação em movimento. 

O exercício é praticado lenta e suavemente com um alto grau de concentração e dá especial atenção para a respiração em profundidade. 

Como são os praticantes que definem o seu próprio ritmo, ele é acessível para uma variedade muito ampla de pessoas, independentemente da idade ou da condição física.

“É especialmente bom para os mais velhos, pois o equilíbrio é um componente importante da condição física e algo que perdermos com o avançar da idade”, diz Lee. 

Para Marta Rosado, com efeito, ele “melhora o equilíbrio, a coordenação e a flexibilidade. Previne o surgimento de dores lombares e problemas na coluna vertebral. 

A prendemos a respirar e a canalizar nossa energia. Melhora o sono e relaxa física e mentalmente. Qualquer um pode realizá-lo, pois ele não provoca nenhum tipo de impacto. Eu o recomendaria sobretudo a partir dos 50 anos”.

2. Caminhar

Vários estudos sugerem que caminhar durante pelo menos 30 minutos, mesmo sendo em ritmo moderado ou pausado, pode trazer benefícios para a mente e para o corpo.

Em pessoas com depressão severa, esse exercício pode contribuir para uma redução clinicamente importante e estatisticamente significativa da mesma. 

”É uma atividade que melhora o sistema cardiovascular, pode ajudar a fortalecer a parte inferior do corpo nas pessoas mais velhas e naquelas que têm pouca condição física”, afirma Ángel Merchán.

“Diminui os níveis de colesterol, é essencial para diabéticos, reforça o sistema imunológico, melhora a circulação e oxigena o corpo”, diz a personal trainer Marta Rosado, para quem essa atividade não constitui, porém de um “treinamento”.


3. Exercícios de Kegel

Importantes para homens e mulheres, eles ajudam a fortalecer a região pélvica. À medida que envelhecemos, essa região, que inclui o útero, a bexiga, o intestino delgado e o reto, se fragiliza. 

Manter esse conjunto com resistência traz benefícios como o de evitar vazamentos da bexiga. 

A forma correta de fazê-los, segundo Harvard, é comprimir os músculos usados para segurar a urina ou os gases durante dois ou três segundos, soltar e repetir 10 vezes –e isso, de quatro a cinco vezes por dia. 

Marta Rosado alerta, porém, para o fato de que “a realização de uma quantidade excessiva desses exercícios pode levar a um enfraquecimento dos músculos da região pélvica e provocar uma nova redução da capacidade de controlar a bexiga”.

4. Natação

Trata-se do “exercício perfeito”, segundo os autores do boletim de saúde de Harvard Healthbeat. 

Além de trabalhar quase todos os músculos do corpo, a natação eleva a frequência cardíaca e pode melhorar a saúde do coração e proteger o cérebro da deterioração relacionada à idade.

Nadar regularmente entre 30 e 45 minutos é um exercício aeróbico que ajuda a combater a depressão, a elevar o estado de ânimo e a diminuir o estresse, entre outros benefícios.

“Nadar é bom para pessoas com atrite”, afirma Lee no boletim. Embora o considere bastante completo, Ángel Merchán, diretor da empresa de treinamento pessoal Homewellness, não acredita na existência de um treinamento perfeito baseado em apenas uma modalidade. 

É preciso uma abordagem incluindo diversas práticas. Os impactos e as cargas são também necessários, por exemplo, para a prevenção da osteoporose e para o estímulo dos tendões. 

A natação deve ser combinada com um trabalho de força –com pesos, por exemplo—e de impacto (corrida, por exemplo), adaptados para cada pessoa”.


5. Treinamento de força

Requer o uso do peso para criar resistência contra a gravidade. Pode ser o próprio corpo, pesos com ou sem alça, tiras elásticas… 

Para Ángel Merchán, trata-se de um exercício fundamental em qualquer tipo de treinamento. Melhora a força muscular, previne lesões, ativa o metabolismo. 

“Todo mundo pode e deve fazê-lo, obviamente de forma adaptada caso a caso: na terceira idade, ele ajuda no combate a vários problemas comuns, como dores nas costas e nos joelhos, osteoporose e sobrepeso”. 

Marta Rosado concorda. “É essencial para manter o peso que se perdeu. Protege ossos e músculos, melhora a mecânica do corpo e nos torna mais conscientes de cada movimento. Aumenta os níveis de energia e melhora o estado de ânimo”.


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