Oposição a Gilson de Souza avalia possibilidade de abrir CEI na Câmara

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 31 de janeiro de 2019 às 06:24
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:21
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Segunda metade do mandato de Gilson na Prefeitura deve ser marcado por oposição mais rigorosa

Os dois primeiros anos de mandato de Gilson de Souza (DEM) foram um período de espera e a “paciência”, agora, chegou ao fim. Este é o pensamento, ainda velado, da oposição ao atual prefeito, tanto na Câmara dos Vereadores como na sociedade civil em geral.

E não deverá faltar munição, diante do atual cenário. Em dois anos, a cidade não recebeu moradias populares construídas pelo governo municipal – e estadual; a fila das cirurgias eletivas permanece em milhares de pessoas, assim como a longa lista de nomes no aguardo de vaga em creche. Não são poucos os problemas.

Também vão, certamente, municiar os opositores do prefeito o descumprimento de diversas promessas de campanha de Gilson, como construção de hospitais, de Clínicas e veterinário, emborrachamento da pista do Póli, faculdade municipal, ônibus a R$ 1 em todo fim de semana, segundo restaurante Bom Prato, etc.

Além disso, a ação civil pública contra Gilson que tramita na Justiça poderá ser um importante combustível contra o prefeito. O processo foi proposto pelo Ministério Público e aceito pela Justiça durante o recesso da Câmara, mas a oposição acompanha atenta o desenrolar. 

Com o retorno dos trabalhos do Legislativo, na primeira semana de fevereiro, nos bastidores está sendo articulada uma CEI – Comissão Especial de Inquérito – para apurar se, além da improbidade que está sendo julgada, houve crime político administrativo no pagamento, por quase um ano, de aluguel mensal de R$ 9 mil em um prédio desocupado, onde funcionou, no passado, a incubadora de empresas da cidade.

Outra frente que os opositores do governo vão apurar são as declarações do ex-secretário de Administração e Recursos Humanos, Alberto Cordero Donha, de que o projeto de lei que criou 104 cargos em comissão contém irregularidades.

A instabilidade do governo, que tem perdido secretários sucessivamente, mesmo sendo pessoas de confiança de Gilson de Souza, pode inclusive abrir possibilidade de que a oposição ganhe novos integrantes, o que poderá trazer consequências políticas, uma vez que, com cinco assinaturas, é possível instaurar uma CEI ou Comissão Processante, que tem poder inclusive para recomendar a cassação do prefeito.  


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