Operação da Polícia Civil combate venda de CNHs falsas na região

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 19 de junho de 2017 às 14:47
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:14
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Guaíra, Colômbia, Barretos, Olímpia, Colina, Jaborandi e Bebedouro na mira da ação “Delta Fake”

Polícia Civil realiza nesta segunda-feira (19/06) a Operação “Delta Fake”, contra um esquema articulado para a venda de carteiras de habilitação envolvendo servidores do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-SP) na região de Ribeirão Preto (SP).

Ao todo, mais de 100 agentes cumprem 54 mandados judiciais, entre prisões, de busca e de condução coercitiva, ou seja, que é quando alguém é levado a depor. Os números da operação não foram detalhados pela polícia.

Equipes do Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo (Deinter 3) e de delegacias seccionais de municípios como Sertãozinho, Franca, São Carlos e Ribeirão Preto realizam a força-tarefa em Guaíra (SP), Colômbia (SP), Barretos (SP), Olímpia (SP), Colina (SP), Jaborandi (SP) e Bebedouro (SP).

Todos os presos serão levados a Bebedouro, sede das investigações, após as diligências. O caso também é acompanhado pelo Ministério Público.

Em nota, o Detran comunicou que colabora com as investigações e que, se comprovadas as fraudes, os servidores poderão ser exonerados.

Operação ‘Delta Fake’

Após meses de investigação, a Polícia Civil levantou suspeitas de que servidores do Detran, em associação com representantes de centros de formação de condutores (CFCs), aprovaram alunos em exames veiculares práticos mediante pagamentos.

A operação se chama “Delta Fake” em função das fraudes terem sido praticadas sobretudo para emissão de carteira de habilitação de categoria D, destinada a motoristas profissionais, e porque parte dos suspeitos se passou por delegados de polícia, ou seja, com identidades falsas, para receber os valores indevidos.

Detran

O Detran-SP confirmou que sete funcionários do órgão foram levados a prestar esclarecimentos, além de funcionários de autoescolas, que apoia as investigações e combate qualquer tipo de irregularidade.

“No âmbito administrativo, se comprovadas irregularidades, os servidores responderão a processo administrativo e, ao final, poderão ser exonerados; parceiros, como autoescolas, poderão ser descredenciados. Como garante a Constituição, todos terão o direito a ampla defesa”, comunicou.


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