Vício em videogame é incluído na classificação de doenças pela OMS

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 19 de junho de 2018 às 00:26
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:48
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O diagnóstico considera, por exemplo, a falta de controle e a prioridade dos jogos na vida da pessoa

A Organização
Mundial da Saúde (OMS) publicou na última segunda-feira, 18 de junho, a
nova Classificação Internacional de Doenças (CID), um sistema que foi
criado para listar, sob um mesmo padrão, as principais enfermidades, problemas
de saúde pública e transtornos que causam morte ou incapacitação de pessoas.
Pela primeira, o vício em videogames foi incluído como perturbação mental,
ou seja, doença caracterizada pela “perda de controle no jogo”. O diagnóstico
considera, por exemplo, a falta de controle e a prioridade dos jogos na vida da
pessoa.

O documento também
passou a incluir condições relacionadas à identidade de gênero no capítulo
sobre saúde sexual – antes estavam relacionadas à saúde mental. A 11ª
edição da CID será apresentada na Assembleia Mundial de Saúde, que ocorrerá em
maio de 2019, para que seja aprovada pelos Estados-Membros. Se aceitas, as
mudanças deverão entrar em vigor 1º de janeiro de 2022.

A OMS recebeu mais de 10 mil sugestões de profissionais de saúde
de todo mundo para a formatação da nova classificação, A CID-10, ainda em
vigor, foi aprovada em 1990. De acordo com as propostas, serão incluídos
um capítulo sobre medicina tradicional, outro sobre saúde sexual, considerando
o tema relativo a transgêneros, e o transtorno gerado pelos jogos de videogame.
Neste último caso, o tema está entre as “desordens de dependência”.

Para o diagnóstico do vício em videogame, a OMS diz que é
necessário haver um comportamento extremo com consequências sobre as
“atividades pessoais, familiares, sociais, educativas ou
profissionais” e, “em princípio, manifestar-se claramente sobre um
período de pelo menos 12 meses”.

A relação de doenças listadas na CID reúne mais de 55 mil
códigos. 


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