OMS e Unicef lançam guia com 10 passos sobre apoio à amamentação

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 11 de abril de 2018 às 22:57
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:40
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Segundo a ONU, caso o aleitamento materno fosse feito até os dois anos, seria possível alvar 820 mil crianças

A Organização
Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef),
lançaram na última quarta-feira, 11 de abril, um novo guia com 10 passos para
aumentar o apoio ao aleitamento materno nos hospitais. Segundo as agências da
ONU, se todos os bebês fossem amamentados nos primeiros dois anos seria
possível salvar anualmente a vida de mais de 820 mil crianças com menos de
cinco anos. A informação é da ONU News.

Na apresentação da iniciativa, a diretora executiva do Unicef,
Henrietta H. Fore, disse que “a amamentação salva vidas”, e lembrou que a
prática “requer apoio, encorajamento e orientação”.  Ela acredita que a
sequência mostrada no guia “pode melhorar de forma significativa as taxas de
amamentação em todo o mundo e dar às crianças o melhor começo possível na
vida.”

A nova orientação
descreve passos práticos que os países devem adotar para proteger, promover e
apoiar o aleitamento materno nas unidades de saúde. Inclui ainda informação
para ajudar as mães a iniciar a amamentação na primeira hora e amamentar o bebê
de forma exclusiva por seis meses.

Segundo o guia, todos os hospitais devem ter uma política escrita
para esta área e definir as funções do pessoal do setor, incluindo quem presta
apoio às mães. O documento também recomenda o uso limitado de substitutos do
leite materno, a educação dos pais sobre o uso de mamadeiras e chupetas e apoio
para quando mães e bebês recebem alta.

Hospital Amigo do Bebê

O novo guia faz parte da iniciativa Hospital Amigo do Bebê, que
as duas organizações lançaram em 1991. O documento incentiva as novas mães a
amamentar e informa os profissionais de saúde sobre a melhor forma de apoiar a
amamentação.

A alimentação com o leite materno na primeira hora de nascimento
protege os recém-nascidos de infecções e reduz o risco de morte devido à
diarreia e outras infecções. Segundo as agências da ONU, a amamentação também
melhora o quociente de inteligência, QI, a frequência escolar, e “está
associada a um rendimento mais alto na vida adulta.”

O diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, diz que “os
hospitais não existem apenas para curar os doentes, mas para promover a vida e
garantir que as pessoas possam prosperar e viver as suas vidas com todo o seu
potencial.”


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